Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O processo de privatização deve ajudar a Eletrobras (ELET3) a gerar valor no futuro, segundo o UBS BB, através da comercialização de energia, redução de opex e gestão de balanço, que envolve a redução de compulsório, crédito tributário e alavancagem.
Porém, para conseguir guiar a companhia nesse caminho, é preciso que ela tenha um Conselho de Administração competente, que conheça a empresa, o setor e tenha manejo político para lidar com a União, que ainda é uma grande acionista da empresa.
O novo Conselho de Administração da Eletrobras deve ser votado no dia 05 de agosto, mas os nomes indicados para o comitê já foram indicados.
A lista de possíveis novos conselheiros para a companhia traz nomes “excelentes”, na visão do UBS. Entre eles, o banco destaca Ivan Monteiro, co-CEO do Credit Suisse (SIX:CSGN) Brasil e ex-CEO da Petrobras (BVMF:PETR4), que possivelmente teria um papel fundamental na transição que a Eletrobras deve passar nos próximos anos
O UBS também vê com bons olhos as indicações de Carlos Piani e Octavio Lopes, que eram da Equatorial (BVMF:EQTL3); Vicente Falconi, que é presidente do Conselho de Administração e fundador da Falconi, a maior consultoria de gestão do Brasil; e Marisete Dadalde, que foi secretária executiva do Ministério de Minas e Energia e, portanto, traz muito conhecimento regulatório e jurídico.
Além disso, a presença de Felipe Dias, que é conselheiro da Eletrobras, na lista de indicações também é positiva, pois o UBS acredita que ele tem embasamento para discussões futuras e possui um amplo conhecimento sobre finanças.
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Uma vez que o novo Conselho da Eletrobras seja definido, o UBS indica que a empresa deve procurar por um CEO com conhecimento do setor e boas habilidades de gestão de pessoas e políticas.
O banco explica que, como o setor é regulado, o conhecimento técnico é importante para lidar com as oportunidades de ganhos regulatórios, como expansão da geração renovável e migração de clientes do mercado regulado para o mercado livre.
Já as habilidades políticas são interessantes para que a Eletrobras tenha um papel ativo em discussões regulatórias, já que o governo ainda é acionista e a Eletrobras ainda possui aproximadamente 30% da geração de energia e 40% da capacidade de transmissão do Brasil.
O UBS BB mantém a sua indicação de compra sobre as ações da Eletrobras, com preço-alvo de R$ 70,00.
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