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Magazine Luiza (MGLU3): PEC dos Auxílios pode turbinar a ação? Veja o que diz um especialista

Bruno Viotto, sócio da Acqua Vero Investimentos, acredita em aquecimento do setor varejista com a aprovação do texto, mas destaca a alta da Selic como ponto de atenção

- Divulgação
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Em sua última sessão antes do recesso parlamentar, o Congresso Nacional promulgou a emenda à Constituição que prevê a criação de um estado de emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) passou por uma tramitação rápida, e com alguma polêmica, até sua aprovação na quarta-feira (13).

O texto prevê um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil até 31 de dezembro deste ano.

A PEC também propõe, até o fim do ano, um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros, vale-gás de cozinha e reforço ao programa Alimenta Brasil, além de parcelas de R$ 200 para taxistas, financiamento da gratuidade no transporte coletivo de idosos e compensações para os estados que reduzirem a carga tributária dos biocombustíveis.

Bruno Viotto, sócio da Acqua Vero Investimentos, afirma que a PEC deve aquecer o setor varejista, “uma vez que os consumidores terão mais recursos parar consumo de produtos e serviços”.

Selic no meio do caminho…

O executivo pontua, entretanto, o ciclo de alta de juros da Selic como um dos principais freios à reação da atividade econômica e avalia que deve vir um acréscimo de 0,75% à taxa, que a levaria ao patamar de 14% ao ano.

“Isso é um fator muito representativo para o varejo, pois as vendas a prazo que são muito afetadas uma vez que o crédito fica mais caro, ou seja, as parcelas ficam mais “salgadas” para o consumidor”, diz.

Para o longo prazo, há uma tendência de que haja recuperação do setor à medida que a Selic volte a patamares menores – o que se espera apenas para 2023.

Concorrência cada vez mais dura

Viotto destaca ainda que as empresas atravessam um momento muito difícil com a queda de vendas e margens cada vez mais apertadas, devido a concorrência cada vez maior. 

Desde o final de 2020, o setor varejista vive forte turbulência na B3 (B3SA3). O Magazine Luiza (MGLU3), por exemplo, chegou a ser negociada ao preço de R$ 28,00 por ação em novembro daquele ano e chegou a beirar o nível de R$ 2,00 por papel neste mês de julho – aproximadamente 93,0% de desvalorização.

“De maneira geral, todo o setor de varejo na bolsa caiu de maneira considerável, comparado o patamar atingido no final do ano de 2020. As ações de varejo devem continuar a sofrer enquanto tivermos alta de juros, porém estão muito descontadas se observamos as cotações no período citado”, avalia.

Recomendações

Das trinta e duas ações de varejo acompanhadas pela Acqua Vero, vinte e seis estão com recomendação de compra, inclusive Americanas (AMER3), Grupo Soma (SOMA3) e Magazine Luiza (MGLU3). Via (VIIA3) segue com recomendação neutra. 

“Pessoalmente, tenho ações de varejo na carteira e estou aumentando posição, pois acredito na recuperação do setor e, nada melhor que comprar ativos tão descontados como estão. Quem perde são os investidores imediatistas em muitos casos realizam prejuízo pois não querem segurar um papel em queda, quem ganha são os investidores que tem paciência para esperar a recuperação que em alguns casos não é rápida”, diz Viotto.

Magazine Luiza (MGLU3) tem preço-alvo de R$ 7,00, com up-side de 153%.

“De qualquer maneira, como o mercado anda muito em blocos, acredito que o investidor institucional deva aguardar sinais mais claros do Banco Central quanto à redução da taxa Selic para voltar a comprar empresas de varejo, assim como as empresas de properties”, conclui o executivo.

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