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Pagando caro nos streamings? Planejadora financeira dá dicas de como economizar nas assinaturas

"Você precisa avaliar o padrão de consumo da sua família ou da sua casa", destaca Eliane Tanabe Deliberali, da Planejar

Pagando caro nos streamings? Planejadora financeira dá dicas de como economizar nas assinaturas

Não faltam opções nas assinaturas de serviços de streaming. É possível ter acesso a séries, filmes, animações japonesas, filmes de terror, contos de fadas, músicas, programas esportivos e por aí vai. De acordo com um levantamento da RankMyApp, empresa de inteligência e performance, o número de crescimento na busca desses aplicativos foi de 300% em 2021 comparado a 2019.

Os preços variam de acordo com a plataforma e com o serviço. Tem assinaturas que custam R$ 9,90, enquanto outras R$ 69,90. A alternativa que surgiu para “substituir” os pacotes de televisão a cabo por serem mais econômicas, dependendo do número de serviços contratados, pode pesar no bolso.

As plataformas mais procuradas no Google são a Netflix, Prime Video, Disney +, Star +, HBO Max, Paramount +, Starz Play e DirecTV Go. Se somarmos os valores dessas plataformas, a conta mensal fecharia em R$ 221,20.

Internet, planos de operadoras, televisão por assinatura e agora o acesso às plataformas de streaming. O tempo passa e vai se formando uma bola de neve de contas. No entanto, apesar de você pagar por esses serviços, não é possível acessar o conteúdo sem internet. Até para conseguir assistir offline é necessário fazer o download através da rede.

Como alternativa, algumas operadoras disponibilizam alguns pacotes no mercado que oferecem combos para deixar tudo isso em conta. A Vivo, operadora telefônica, de internet e televisão por assinatura, oferece o pacote "Vivo Fibra". A partir de R$ 129,99, o assinante tem acesso à TV a cabo, internet e acesso à Netflix. Dependendo das preferências do consumidor na hora de fechar o plano, o valor mensal pode ultrapassar R$ 319,99.

Além da Vivo, outra operadora que aposta nessa estratégia é a Claro. Através da “Claro Box TV” o consumidor pode ter acesso às plataformas de streaming, internet e televisão por assinatura. O preço inicial para acessar essa variedade de serviços é de R$ 139,99. Personalizando o combo, os valores podem ultrapassar de R$ 200,00.

Como economizar?

A alternativa para não causar uma bola de neve nas contas é pensar no que gosta de consumir e deixar a impulsão de assinar todos os aplicativos de lado. Eliane Tanabe Deliberali, planejadora financeira da Planejar, orienta que a reflexão tem que ser prática constante aos consumidores antes de realizar assinaturas em plataformas de streaming. 

"As pessoas precisam refletir o que ela quer consumir de entretenimento. Às vezes você está fazendo um uso de baixa eficiência e custo. Você precisa avaliar o padrão de consumo da sua família ou da sua casa, para ver o que faz mais sentido pra você, porque sair contratando tudo que está sendo ofertado, a conta pode sair bem cara", diz Eliane.

Operadoras oferecem pacotes de internet, televisão por assinatura e streaming para fazer com que tudo não pese no bolso do consumidor. Será mesmo? A planejadora financeira destaca que é necessário ter cuidado com esses combos. Em muitos casos, paga-se mais do que consome, o que pode causar mais uma bola de neve de contas.

"Qual é o problema desses pacotes? É justamente por ser um pacote. Você acaba pagando muito mais por coisas que você não usa. Isso é um assunto que sempre me incomoda: ficar pagando por coisas que não utilizamos."

Drible nas normas

Em busca de mais acesso aos conteúdos de diferentes plataformas, o compartilhamento de senhas é uma prática comum entre os usuários, apesar da atitude não ser recomendada pelas empresas de streaming. 

De acordo com enquete realizada pela redação da SpaceMoney, no Instagram, entre 131 assinantes de algum serviço de streaming, 99 compartilham suas contas com algum familiar, colega ou cônjuge. O principal motivo dessa troca de acessos foi a questão da economia. 32 dos assinantes consultados não dividem suas senhas.

Em março deste ano, a Netflix desenvolveu uma função que exige ao proprietário da conta confirmar um código, através do e-mail, antes que outra pessoa conecte-se à plataforma. 
De acordo com a cláusula contratual apresentada pela plataforma aos assinantes, é orientado que o assinante "é responsável por qualquer atividade que ocorra na conta" e que o proprietário não compartilhe suas senhas com outras pessoas.

"O assinante que criou a conta Netflix e cuja Forma de Pagamento é cobrada pelo serviço (“Proprietário da Conta”) é responsável por qualquer atividade que ocorra na conta Netflix. Para manter o controle sobre a conta e evitar que qualquer pessoa possa acessá-la (o que incluiria informações dos títulos assistidos da conta), o Proprietário da Conta deve manter o controle sobre os aparelhos compatíveis com a Netflix utilizados para acessar o serviço e não revelar a ninguém a senha ou os detalhes da Forma de Pagamento associada à conta.

A SpaceMoney contatou as assessorias da Netflix e PrimeVideo sobre o posicionamento referente ao compartilhamento de senhas. No entanto, as plataformas não se pronunciaram.

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