Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei (PL) que visa aumentar a base salarial dos farmacêuticos para R$ 6,5 mil/mês vs. a média atual de aproximadamente R$ 3,5 mil mensais, de acordo com os sindicatos estaduais.
Se aprovado, a XP Investimentos estima que o projeto de lei possa ter um impacto negativo de aproximadamente 25% na média, no EBITDA das farmácias, além de acelerar a consolidação do setor. Isso se assumirmos um cenário em que não haja repasse de preços aos consumidores, embora as empresas observem que isso seria necessário se o texto fosse aprovado.
Players independentes menores (aproximadamente 24% do mercado) dificilmente seriam capazes de absorver tamanho aumento, acredita a XP.
No entanto, os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt veem a aprovação como improvável, dado que o tema não parece ser uma prioridade do governo neste momento.
Além disso, o projeto de lei destina-se apenas ao setor privado e, portanto, criaria possivelmente uma distorção entre os setores privado e público, afirmam Eiger, Senday e Suedt.
Eles continuam a ver as farmácias como um segmento resiliente em meio ao cenário macroeconômico desafiador e reiteram recomendação de compra para Panvel (PNVL3) e Pague Menos (PGMN3) e neutra para RD (RADL3) e d1000 (DMVF3)
Recomendações
d1000 (DMVF3): recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 5,00 – potencial de valorização de 35,14%.
Pague Menos (PGMN3): recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 7,00 – potencial de valorização de 48,62%.
Panvel (PNVL3): recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 16,00 – potencial de valorização de 64,61%.
RD (RADL3): recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 21,00 – potencial de valorização de 8,64%.