No domingo (24), a XP iniciou a cobertura das ações de Raízen (RAIZ4).
O relatório assinado pelos analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca afirma que a empresa se aproveita da tendência positiva de curto prazo com preços mais altos de açúcar e etanol, o que impulsionou seu top e bottom line na temporada 2021-2022 e também deve ser positivo para o período 2022-2023.
Alencar e Fonseca afirmam que, devido ao seu DNA comercial, não só a produção própria foi impactada positivamente, mas também a operação de revenda, uma vez que a empresa também comercializa etanol e açúcar de outros players, o que proporciona mais uma fonte de receita e um entendimento mais profundo da dinâmica do mercado.
A distribuição de combustíveis foi outro ponto destacado pelos analistas. Essa categoria registrou uma forte recuperação pós-pandemia, mas há outros fatores que podem impactar seus resultados, nem todos positivos, disseram.
O principal motivo de otimismo da XP, porém, está na capacidade de opcionalidade e arbitragem que a Raízen constrói por meio de outras fontes renováveis de energia (E2G, biogás, pellets, energia solar, bioeletricidade).
Todas elas poderiam ter um papel transformador na empresa, conforme o processo de transição energética em curso em todo o mundo avança, finalizam Alencar e Fonseca.
As ações RAIZ4 receberam recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 9,60 por ação – o que implica em um potencial de valorização de 40%. A RAIZ4 tem sido negociada atualmente a 7,0x EV/EBITDA para 23/22 vs. alvo de 10,3x.