Renda Fixa

Títulos com prazos mais longos têm as melhores rentabilidades em 2023, diz Anbima

O IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, registrou um retorno acumulado de 14,80% no ano e de 1,6% quando considerado apenas o mês de dezembro

- Agência Brasil
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Os papéis com prazos mais longos se destacaram em 2023 e registraram as melhores performances entre os índices da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), declarou a organização nesta quarta-feira, 10 de janeiro.

O IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, registrou um retorno acumulado de 14,80% no ano e de 1,6% quando considerado apenas o mês de dezembro.

Já o IMA-B5+, que engloba as NTN-Bs (títulos indexados à inflação) com vencimento acima de cinco anos, avançou 19,28% e 3,94%, respectivamente. Na outra ponta, o IMA-B-5, com NTN-Bs com prazo até cinco anos, avançou 12% e 1,46% nesses períodos.

Os prefixados com prazo acima de um ano, refletidos no IRF-M 1+, registraram um ganho acumulado de 18,52% em 2023 e de 1,7% em dezembro.

Os papéis de curto prazo apresentaram as piores performances mensais. As letras financeiras com duração de um dia (IMA-S) e os prefixados com prazo de até um ano (IRFM-1) tiveram retornos de 0,92% e 0,91%, respectivamente. No ano, 13,25% de crescimento para os dois índices.

“A recuperação dos índices de prazos mais longos a partir de novembro refletiu a melhora das expectativas para o cenário econômico. Apenas no último bimestre, o IMA-B5+ subiu 7,47%, por exemplo. A economia norte-americana contribuiu para esse desempenho, com queda na inflação e menor risco de recessão, o que fez aumentar a possibilidade de os juros começarem a cair ainda neste semestre. No campo doméstico, o processo de desinflação continua, com a projeção dos juros caminharem para um dígito no final do ano”, explicou Marcelo Cidade, economista da Anbima.

 

Títulos corporativos

O IDA-IPCA Infraestrutura, formado por debêntures indexadas ao IPCA e com benefício fiscal para os investidores, apurou uma rentabilidade mensal de 2,45%, o que contribuiu para chegar aos 15,81% no acumulado do ano, o maior patamar da família IDA.

Já o IDA-IPCA ex-Infraestrutura, que acompanha os papéis sem incentivo fiscal, avançou 2,32% em dezembro, mas ainda acumula perdas no ano (16,91%) devido à restrição ao crédito no início de 2023.

Enquanto isso, os papéis indexados à taxa diária DI (IDA-DI) valorizaram 0,98% no mês e 12,71% no ano.

No geral, as debêntures marcadas a mercado avançaram 1,57% em dezembro e acumularam uma rentabilidade de 12,18% no ano, de acordo com o IDA (Índice de Debêntures da ANBIMA).

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