Do início do ano até agora, a Weg (WEGE3) se desvalorizou em 28,70%. A empresa passou do patamar de R$ 32,02 no primeiro pregão de janeiro e encerrou a última sexta-feira (17) com o valor de R$ 22,83% por ação.
Seu pico no ano foi em 1 de abril, quando seus papéis estavam cotados a R$ 35,38.
Após esse desempenho relativamente mais fraco, a XP recebeu alguns questionamentos de investidores que perguntam se agora seria um ponto de entrada atrativo para a ação – o que a corretora acredita ser.
Os analistas Lucas Laghi e Pedro Bruno escrevem, em relatório, que, embora uma contração dos múltiplos deva ser razoável após o aumento recente das taxas de juros para 13,25% a.a., não veem os níveis atuais de valuation refletir as fortes perspectivas de crescimento e spreads de retorno da Weg, com PEG (múltiplo P/L ajustado por crescimento) de 1,8x como atrativo, na visão deles, quando comparado às tendências recentes (múltiplo PEG atual implica espaço para múltiplos aumentarem ao ajustar o valuation por spreads de retorno).
A XP explica que vê o múltiplo P/L de valuation das empresas em função de dois fatores principais:
(i) crescimento dos lucros nos próximos anos; e
(ii) spreads de retorno (a diferença entre o retorno sobre o patrimônio líquido da empresa e seu custo de capital próprio).
Enquanto o custo do capital próprio também reflete fatores macroeconômicos relacionados ao ambiente de risco em que a empresa está imersa (como taxas de juros de longo prazo), o crescimento e os retornos aparecem como variáveis relacionadas aos fundamentos de uma empresa.
Em razão disso, a XP reitera sua visão positiva em relação à Weg e vê a empresa como um raro alinhamento de crescimento e retorno.
Analistas da XP estipularam o preço-alvo de R$ 45,00 por ação, o que implica em um potencial de valorização de aproximadamente 97% sobre os preços atuais, e reiteraram sua recomendação de compra.