Educação Financeira

Fazer um empréstimo ou financiamento? Entenda as diferenças

Saiba como escolher entre empréstimo e financiamento e entenda seus riscos, benefícios e finalidades.

Fazer um empréstimo ou financiamento
Entenda as principais características, taxas de juros e riscos de cada modalidade de crédito para fazer a melhor escolha ao buscar recursos financeiros extras | SpaceMoney

Imprevistos acontecem e, muitas vezes, afetam nossas finanças. Seja uma despesa médica inesperada, um reparo urgente no carro ou outro problema, nem sempre temos recursos próprios disponíveis para lidar com essas situações. Quando o dinheiro aperta e precisamos de recursos extras, surgem duas opções principais: empréstimo ou financiamento. Essa decisão pode parecer confusa à primeira vista, mas cada modalidade tem características próprias que se adequam melhor a diferentes necessidades e objetivos.

Mas antes de entender qual é a melhor opção, é preciso entender como funciona cada modalidade.

O que são empréstimos?

O empréstimo é uma operação financeira onde uma instituição (banco ou financeira) empresta dinheiro a uma pessoa ou empresa. O valor emprestado deve ser devolvido em parcelas, acrescido de juros e encargos.

Qualquer pessoa maior de 18 anos com CPF regular e renda comprovada pode solicitar um empréstimo. No entanto, a aprovação dependerá da análise de crédito, que avalia o histórico financeiro do solicitante, sua capacidade de pagamento e possíveis restrições.

A grande vantagem da modalidade o é sua versatilidade: o dinheiro pode ser usado para qualquer finalidade, seja para quitar dívidas, realizar uma viagem ou fazer uma reforma.

Existem diferentes modalidades de empréstimo, como o empréstimo pessoal, por exemplo, com aprovação rápida mas juros mais altos. O empréstimo consignado, disponível para aposentados, pensionistas e funcionários públicos, oferece taxas mais baixas pois as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício. Já o empréstimo com garantia exige um bem como segurança, mas em troca oferece juros menores e prazos mais longos.

O pagamento pode ser feito por boleto bancário, débito em conta ou desconto em folha, dependendo da modalidade escolhida. É importante guardar todos os comprovantes de pagamento e acompanhar o saldo devedor.

E os financiamentos, o que são?

Por outro lado, o financiamento é uma modalidade de crédito específica para a aquisição de bens, como imóveis, veículos ou equipamentos. A principal diferença é que o próprio bem financiado serve como garantia da operação, ficando alienado à instituição financeira até a quitação total da dívida.

Para conseguir um financiamento, o interessado precisa passar por uma análise de crédito mais rigorosa, que avalia sua renda, capacidade de pagamento e histórico financeiro. Em alguns casos, pode ser necessário apresentar um fiador ou garantias adicionais. Os prazos são geralmente mais longos, podendo chegar a décadas no caso de imóveis, o que permite parcelas mais baixas.

Existem diversos tipos de financiamento. O imobiliário é o mais conhecido, permitindo a compra da casa própria. O financiamento de veículos possibilita a aquisição de carros, motos e caminhões. Há ainda linhas específicas para máquinas, equipamentos e bens de produção, muito utilizadas por empresas.

O pagamento do financiamento exige um planejamento financeiro cuidadoso, já que o compromisso é de longo prazo. As parcelas podem incluir seguros obrigatórios e taxas administrativas, que devem ser considerados no custo total. Em caso de inadimplência, existe o risco de perda do bem financiado, por isso é fundamental avaliar bem a capacidade de pagamento antes de assumir o compromisso.

Afinal, qual é melhor: financiamento ou empréstimo?

A escolha entre empréstimo ou financiamento depende principalmente da finalidade do crédito. Para comprar bens de alto valor como imóveis, veículos ou equipamentos, o financiamento é geralmente mais vantajoso. Isso porque as taxas de juros são menores, já que o próprio bem serve como garantia, e os prazos mais longos tornam as parcelas mais acessíveis.

Já o empréstimo é mais indicado para necessidades imediatas de dinheiro, como cobrir emergências médicas, quitar dívidas ou realizar projetos pessoais. A principal vantagem é a flexibilidade no uso do dinheiro e a rapidez na liberação do crédito. No entanto, as taxas de juros costumam ser mais altas, especialmente em modalidades sem garantia.

Em ambos os casos, tanto empréstimo ou financiamento, o principal risco está no endividamento excessivo. É fundamental avaliar a capacidade de pagamento e considerar todas as despesas envolvidas, incluindo juros, seguros e taxas administrativas. Você deve comprometer no máximo 30% da sua renda com prestações de dívidas para manter o orçamento equilibrado.

Em caso de inadimplência, as consequências são sérias. A instituição financeira pode retomar o bem em caso de não pagamento, pois você o alienou como garantia. No empréstimo, o não pagamento leva à inclusão do nome nos órgãos de proteção ao crédito, cobrança de multas e juros de mora, além de possíveis ações judiciais para recuperação da dívida.

Se você não pagar um empréstimo ou financiamento, isso prejudicará seu histórico de crédito, dificultando operações financeiras futuras.

Sair da versão mobile