quinta, 25 de abril de 2024
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XP recomenda paciência no longo prazo e “baixar a vela” no curto

11 março 2020 - 13h35Por Redação SpaceMoney
Paciência e planejamento prévio são a chave em momentos de ações em baixa. Em live no Youtube nesta quarta-feira (11), a XP Investimentos, com convidados, comentaram o cenário atual e possíveis estratégias. Durante a gravação ao vivo, José Rocha, da gestora Dahlia Capital, e Marcelo Cavalheiro, da Safari, afirmam que vender papéis de renda variável pode ser uma atitude precipitada. “Em 6 meses, 1 ano, a crise pode estar debelada”, diz Marcelo.  Ele avalia que no curto prazo é melhor “baixar a vela”, dando como exemplo o que a Safari Capital fez: a carteira  agora está forte em commodities: Vale, frigoríficos e siderurgia, que deve crescer com a recuperação da China - mas sem Petrobras. A Safari também considera bancos como posição vendida, porque a adquirência gerou uma “carnificina” no setor. Apesar disso, as previsões para o longo prazo “não parecem ter mudado tanto assim”, define Marcelo. A Dahlia prevê mais cortes de juros pelo Banco Central, e indica NTN-Bs (títulos com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, a inflação oficial), com juro real acima de 3%. Também está otimista com o setor elétrico, menos afetado por ciclos na economia e “papéis que pagam dividendos de 7-8%.” O destaque da gestora é a Small 11, ETF (Exchange Trade Fund) de Small Caps no Brasil. “O Ibovespa possui muitos bancos, muitas commodities, que não seguem tanto os ciclos da economia brasileira", justifica José Rocha. "A Small 11 é uma segue a economia, tem poucas estatais e bancos, e as empresas se beneficiam com juros baixos”.  Ambos os gestores acreditam que o momento está mais favorável do que em crises anteriores, pela Selic em patamar menor. Marcelo e José enxergam um cenário com menos alavancagem por parte das empresas e famílias. “O momento não é simples, com níveis de volatilidade altos, mas devemos aguardar os próximos capítulos”, finaliza o especialista da Safari. 

Quero entrar no mercado. E agora?

Para ambos, quem compra ativos deve calcular o tamanho do risco que vai sofrer e quanto tempo pretende deixar o dinheiro no fundo de ações. “Nem sempre o melhor fundo é que dá mais dinheiro, e sim, aquele que o investidor ‘aguenta’”, opina José.  O gestor da Dahlia indica que, antes de apostar na renda variável, é preciso estar preparado, salvando dinheiro em reserva de emergência, poupança ou carteiras mais conservadoras. “Não se deve trabalhar no limite. Com flexibilidade e segurança, se tem força financeira e psicológica para atravessar momentos de crise e tomar decisões com estratégia”, explica José.