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Feirão Limpa Nome: dicas de como renegociar sua dívida e reduzir os juros de empréstimos

11 novembro 2019 - 17h46Por Renan Sousa
Nesta semana, entre os dias 11 e 17 de novembro, está ocorrendo, na cidade de São Paulo, o Feirão Limpa Nome do Serasa, evento para renegociar dívidas e contas atrasadas. Quem estiver inadimplente nas mais de 30 empresas cadastradas, pode receber descontos de até 98% no valor da dívida. Não é à toa que o feirão acontece nesta época: afinal de contas, o saque do Fundo de Garantia do Serviço Social (FGTS) e o recebimento do 13º salário deve dar um fôlego para que os trabalhadores possam renegociar suas dívidas. O Serasa e o SPC buscam renegociar as dívidas de parte dos 63,2 milhões de brasileiros inadimplentes, o que corresponde a 40% da população adulta, um recorde histórico.

Tenha as contas anotadas

Segundo especialistas, o mais importante para gerir suas dívidas é ter as contas na ponta do lápis. Então, vale a pena anotá-las em um caderno, planilha ou usar um aplicativo de controle de gastos pelo celular. Seja no cartão de crédito ou em um financiamento, o ideal é que a parcela de sua renda destinadas a pagar dívidas não ultrapasse 30%. Assim não irá comprometer as despesas correntes, como luz, água e conta de celular.

Importância da renegociação da dívida

Em primeiro lugar, é importante lembrar que a negociar uma dívida pode ser bom para devedores e credores. Quem precisa receber, muitas vezes, não tem esperança de obter o valor total, então uma porção da dívida já é vantagem. Já para quem precisa pagar, um valor menor não compromete as despesas correntes e a pessoa sai com o nome limpo.  É interessante, também, negociar os juros das contas atrasadas. Segundo o Serasa, 28% do total de dívidas são referentes ao setor bancário, em que os juros do cheque especial são de 323,3% ao ano, e de cartão de crédito, com o rotativo de 278% ao ano, as taxas mais altas segundo o Banco Central. 

Troca de titularidade da dívida

Para quem já está endividado, o grande problema é não poder tomar mais empréstimos. Mas existe a possibilidade de trocar a dívida para um credor com taxas mais acessíveis. Então, é necessário calcular o que se chama de Custo Efetivo Total (CET). Trata-se do total que se paga de juros, encargos, impostos, seguro e taxas de administração. Outra dica importante é trocar as pequenas parcelas por um único empréstimo. Isso ajuda a organizar as contas e evitar que se pague taxas para diversas instituições diferentes. Para quem tem financiamento, cartões de crédito e outras modalidades de dívida corrente, é interessante escolher uma instituição financeira com tarifas mais baixas para pagar as contas em atraso. 

Crédito com garantia de imóvel e automóvel

No momento de contrair uma dívida, ou renegociar as já existentes, uma das formas de reduzir a taxa de juros é usar um bem. Assim, esse bem pode ser vendido em caso de inadimplência, como garantia. Os mais comuns são imóveis e automóveis, e a redução da taxa varia conforme a instituição financeira, o valor dos bens e a quantia desejada.  Aqui você confere as modalidades de crédito e dicas de como administrar melhor esse dinheiro. Em recente artigo publicado aqui no SpaceMoney, a planejadora financeira  Thabata Abreu escreveu que “empréstimos com garantias são considerados menos arriscados e portanto tendem a ter juros mais baixos. Inclusive, esse processo já é um bom exercício de planejamento: se você não tem certeza da sua capacidade de pagamento e teme oferecer como garantia o seu carro ou casa, avalie se não é possível reduzir os gastos antes de pegar um empréstimo”. Leia mais em: Como reduzir os juros em créditos pessoais?