sábado, 20 de abril de 2024
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Ibovespa fecha o dia com alta de 1,52%, com destaque para valorização da Vale

17 janeiro 2020 - 18h44Por Redação SpaceMoney
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou o pregão desta sexta-feira (17) com forte alta, de 1,52%, aos 118.478 pontos, impulsionado por dados positivos da economia chinesa. Outro fator da alta foi a valorização dos papéis da Vale (VALE 3: +3.32%) após a companhia interromper operações em uma mina no Chile.

Destaques na B3

Os destaques positivos do dia vão para as ações de: TOTVS ON EJ NM (+3,62%); GOL PN N2 (+3,53%); ULTRAPAR ON (+3,34%). Já os destaques negativos foram os papéis de: CIELO ON (-0.96%); SABESP ON (-0,66%); EMBRAER ON (-0,51%).

Dólar

Na direção oposta, o dólar comercial fechou o dia com queda de 0,63%, cotado a R$ 4,165, atenuando a desvalorização acumulada do Real em 2020. Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro do Brasil na sessão de hoje:

Desaceleração chinesa

Na noite de ontem (16), a China anunciou seu crescimento no ano de 2019, com expansão de 6,1%. O número vem abaixo do dado de 2018, de 6,6%, o que vem demonstrando uma desaceleração da economia chinesa nos últimos anos, apesar do dado estar acima do crescimento médio global. É o crescimento mais fraco do país asiático em 30 anos, em meio a uma guerra comercial com os EUA, mas os números, mais sólidos e dentro da meta, animaram os investidores e a confiança empresarial. O crescimento de 8% das vendas no varejo, acima do esperado, também contribuiu para esse otimismo. 

Indicação para OCDE

Os Estados Unidos enviaram uma carta para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para apoiar a entrada do Brasil no grupo. No ano passado, os EUA indicaram a Argentina para integrar a organização, mas, segundo analistas, com a saída do liberal Maurício Macri, os americanos decidiram priorizar a entrada brasileira. A expectativa é de que isso aconteça até o final do mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro.

Fase 1 dos acordos

Na tarde desta quarta-feira (15), EUA e China se reuniram para a assinatura da chamada “fase 1” dos acordos que colocariam fim na guerra comercial entre os dois países. Essa primeira fase diz que os Estados unidos se comprometeram em reduzir as tarifas sobre produtos chineses e o país asiático passará a comprar mais produtos e serviços americanos.  Apesar do otimismo, a expectativa é de que uma nova rodada de negociações só ocorra após as eleições dos EUA, ou seja, em novembro. 

O efeito do acordo no Brasil

Como mostrou o jornal O Globo, um levantamento de Oxford, a primeira fase do acordo comercial entre EUA e China pode afetar em até R$ 10 bilhões, aproximadamente 5%, as exportações brasileiras. Partes do tratado sobre importações afirmam que o país asiático deverá comprar produtos agrícolas americanos, como soja, milho, carnes bovina, suína e de aves, entre outros.