quinta, 25 de abril de 2024
Ibovespa Dólar

Ibovespa fecha sessão com alta de mais de 13%; dólar volta a subir, a R$ 4,81

13 março 2020 - 17h25Por Redação SpaceMoney

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou em alta o pregão desta sexta-feira (13), na onda de recuperação das bolsas internacionais. Os ganhos foram de 13,84%, aos 82.631,24 pontos. O dólar comercial fechou em alta, com valorização de 0,57% ante o Real e cotado a R$ 4,813. Ontem, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 5, mas os leilões do Banco Central, repetidos hoje, contiveram a alta. Ontem, foram acionados 2 circuit breakers, uma quando as perdas passaram de 10%, logo às 10h20, e outra vez por volta das 11h. Foi a quarta parada nos negócios durante a semana, com os ânimos acirrados por conta dos estragos da pandemia de coronavírus na economia. A semana já começou com pânico generalizado nos mercados, com o preço do petróleo e os receios com o surto da nova doença. Na segunda-feira, a bolsa ficou parada por meia hora, com o o primeiro circuit breaker da semana. Na quarta-feira, o episódio se repetiu.

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei teve forte recuo, de mais de 6%. A Bolsa de Xangai também encerrou o pregão em queda, de mais de 1%. Na Europa, DAX 30 fechou com leve alta, de 0,77%, e o índice CAC 40 encerrou o dia com ganhos de mais de 1%. O FTSE 100 subiu mais de 2%. Já em Nova York, Dow Jones encerrou a sessão com ganhos de quase 10%, assim como a Nasdaq e S&P 500. Ontem, Wall Street também acionou circuit breaker de 15 minutos após quedas na bolsa superarem 7%. Leia mais: No Japão, ações fecham em queda e o Índice Nikkei 225 recua 6,02%

Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Coronavírus

Na última quarta-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto de COVID-19 é uma pandemia, e o número de afetados e óbitos deve aumentar. Ao redor do globo, são quase 140 mil ocorrências, com mais de 5 mil mortos. No Brasil, são mais de 130 casos.

Estímulos ao redor do mundo

Nesse contexto, bancos centrais globais agem para tentar conter os estragos da crise. O Federal Reserve, dos Estados Unidos, recompraram títulos do governo que somam US$ 1,5 trilhões. Além disso, a Câmara norte-americana prossegue nos trabalhos do pacote econômico prometido pelo presidente Trump. BCs do Japão e Europa não cortaram juros, mas anunciaram injeção de liquidez, assim como o Fed.

No Brasil

As expectativas se voltam para a reunião do Copom, na semana que vem, mas, enquanto isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que os trabalhos na casa serão focados em medidas econômicas para responder à pandemia de COVID-19. O governo, por sua vez, antecipou a primeira metade do 13º salário dos aposentados pelo INSS, para estimular a economia.

O presidente Jair Bolsonaro fez o teste para coronavírs após o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wanjgarten, com quem viajou recentemente para os Estados Unidos, ter sido diagnosticado com a doença.

Hoje, no início da tarde, a TV americana Fox News afirmou que o resultado foi positivo para o COVID-19. No entanto, logo após, Bolsonaro foi às redes sociais afirmar que não tem coronavírus.