quinta, 28 de março de 2024
Ibovespa

Ibovespa opera em queda com preocupação crescente sobre o “Vírus de Wuhan”; dólar sobe

21 janeiro 2020 - 10h39Por Redação SpaceMoney
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 10h29 desta terça-feira (21), com queda de 0,42%, aos 118.363,58 pontos. O Fórum Econômico Mundial é um dos destaques da semana, com o discurso de diversos líderes mundiais e instituições financeiras. Na manhã de hoje, o presidente americano, Donald Trump, já discursou atacando o Fed e exaltando os bons resultados da economia americana. Enquanto isso, a Ásia mantém preocupação com o avanço do chamado “Vírus de Wuhan” para além da China, com casos confirmados no Japão e Tailândia.

Dólar comercial

Na direção oposta, o dólar comercial operava com alta de 0,03%, cotado a R$ 4,197, no mesmo horário. Perto da abertura, a moeda americana chegou a atingir o patamar de R$ 4,200. Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam em queda, com destaque negativo para a bolsa de Hong Kong após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar a nota da região, com a chegada do “Vírus de Wuhan” na província e os protestos que se arrastam por mais de seis meses, o que motivou o rebaixamento. Já os índices da Europa também operam com leve queda, enquanto os futuros de Nova York apontam para uma abertura em queda. 

Trump em Davos

O presidente americano, Donald Trump, discursou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, abordando temas como o sucesso da economia do país e criticou a demora do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, ao dizer que a instituição financeira diminuiu os juros muito lentamente. 

Guedes em Davos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, será representante do governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial, que reúne líderes, chefes de Estado e empresários em Davos, na Suíça. Guedes fará duas palestras hoje (21) e participará de dois painéis sobre investimentos e desenvolvimento da América Latina e países emergentes.  Analistas de mercado afirmam que o ministro tentará “vender nossa imagem” no exterior, e tem a seu favor a indicação, na semana passada, dos Estados Unidos, para o Brasil integrar a OCDE, o que é visto com bons olhos pela comunidade internacional.

Indicação para OCDE

Os Estados Unidos enviaram uma carta para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para apoiar a entrada do Brasil no grupo. No ano passado, os EUA indicaram a Argentina para integrar a organização, mas, segundo analistas, com a saída do liberal Maurício Macri, os americanos decidiram priorizar a entrada brasileira. A expectativa é de que isso aconteça até o final do mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro.

IGP-M

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve alta de 0,57% em sua segunda prévia de janeiro, frente ao avanço de 2,06% no mesmo período do mês anterior, segundo divulgado hoje (21) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice é utilizado na correção de valores de contratos, como aluguel de imóveis. 

FMI estima crescimento brasileiro elevado

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua perspectiva de crescimento do Brasil em 2020, na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global. A instituição projeta um crescimento de 2,2% para o país, 0,2 ponto percentual a mais do que o relatório de outubro. De acordo com o FMI, a revisão para cima deve-se "à melhora do sentimento após a aprovação da reforma da Previdência e à redução dos problemas de oferta no setor de mineração". Para os mercados emergentes e em desenvolvimento, o Fundo prevê expansão de 4,4% em 2020 e 4,6% em 2021, ante os 3,7% estimados para 2019. 

Boletim Focus

O Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus, que reúne as expectativas do mercado para diversos indicadores econômicos, como inflação, taxa de juros e câmbio. As novas projeções apontam para uma redução da inflação oficial de 2020 de 3,58% para 3,56%, abaixo da meta de 4% e dentro da margem de erro de 1,5 ponto percentual. Já para 2021, o mercado espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, chegue em 3,75%, também dentro da meta. O Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 aponta para um crescimento maior, de 2,30% na semana passada para 2,31% nesta semana. Para 2021, 2022 e 2023, é esperado um crescimento de 2,50%. Para a taxa básica de juros, a Selic, é esperado um novo corte de 0,25% na próxima reunião do Copom, em fevereiro, encerrando o ciclo de queda dos juros e dando início a um constante aumento até que, em 2021, a Selic atinja 6,25%.