Ibovespa vira para o vermelho por pressão da guerra comercial e dólar segue subindo
19 novembro 2019 - 13h29Por Redação Space Money
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, iniciou a sessão desta teça-feira (19) em alta. Contudo, o índice virou para o vermelho, mas sem queda muito brusca. Às 12h21, a era de 0,2%, totalizando 106.052,98 pontos.A queda se deve pelo pessimismo chinês com as negociações com os Estados Unidos. A potência norte-americana liberou empresas americanas para realizarem “negociações e transações específicas” com a gigante de tecnologia Huawei. Além disso, a expectativa de entrega da reforma tributária pelo governo nos próximos dias também deixa o apreensivo hoje.
Dólar
Após fechar no valor máximo de sua história na sessão de ontem (18), o dólar segue com valorização de 0,18%, cotado a R$ 4,21.Confira outros acontecimentos que podem impactar a bolsa hoje:
Gurra comercial
O governo chinês anunciou ontem (18) que está pessimista em relação aos acordos comerciais com os EUA. A China não pretende firmar um acordo unilateral, que favoreça apenas os americanos, segundo a agência estatal Xinhua. Por outro lado, a licença para empresas americanas executarem transações com a gigante de comunicações Huawei foi estendida por mais 90 dias.
Reforma tributária
O governo planeja enviar, nos próximos dias, a proposta de reforma tributária para o Congresso. A primeira das quatro partes, que envolve a união do PIS e da Cofins, já era uma projeto do governo de Michel Temer e enfrentou forte resistência da Casa. Parlamentares esperavam que o governo enviasse propostas de emenda para as duas PECs que já estão em debate no congresso: a PEC 110 e a PEC 45.
Foi anunciado ontem (18), pelo ministro da economia, Paulo Guedes, que o déficit das contas públicas ficará R$ 60 bilhões a baixo do esperado, atingindo o patamar de R$ 80 bilhões. Ele destacou que o descontingenciamento (descongelamento) das contas foi essencial para sanar paste do orçamento.
Em audiência audiência pública sobre autonomia do Banco Central na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realizada hoje, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, afirmou que "a inflação está bastante baixa e bastante estável tanto no curto, médio e longo prazo”.Contudo, o presidente não se estendeu no assunto câmbio após o dólar fechar acima de R$ 4,20 pela primeira vez na história.