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AES Brasil (AESB3): Votorantim estuda compra total do ativo, após acordo com Eletrobras (ELET6)

Aquisição seria por meio da Auren (AURE3), que é controlada pela companhia

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A Votorantim se tornou acionista da AES Brasil (AESB3): desde o fim do ano passado, o grupo tem uma fatia de 4% na geradora de energia renovável, graças a um acordo de transferência com a Eletrobras (ELET3)(ELET6), equivalente a pouco mais de R$ 300 milhões a valores da época, conforme apurou o site Exame.

O trato fez parte de um acordo envolvendo o chamado “empréstimo compulsório”, uma dívida que a ex-estatal tem com as grandes consumidoras de energia no país envolvendo encargos pagos entre as décadas de 70 e 90.

Dados das demonstrações financeiras mostram que a fatia da Eletrobras na AES caiu de 4,6% para 0,53% do capital entre o fim do terceiro e do quarto trimestre.

Além de ações da AES Brasil, a Votorantim recebeu também cerca de R$ 100 milhões em ações da Auren (AURE3), equivalentes a uma participação de 1% que a Eletrobras herdou na companhia desde quando ela era ainda a antiga Cesp.

A Votorantim é uma das controladoras da Auren, com uma fatia de 38,7%, ao lado do fundo de pensão canadense CPP, que tem outros 32%.

O acordo sugere que o grupo Votorantim vê valor na AES Brasil, dona de parques eólicos e usinas hidrelétricas.

A negociação com a Eletrobras aconteceu ao longo do ano passado, antes de a AES Brasil ser colocada à venda pela controladora americana. Informalmente, a companhia já vinha sondando o mercado desde meados de 2023, quando contratou o Itaú BBA para sondar alternativas estratégicas para o ativo, mas o processo oficial teve início deste ano.

A Auren é uma das principais interessadas. Segundo fontes ouvidas pelo INSIGHT do Exame, a geradora de energia controlada pela Votorantim foi a única até o momento a apresentar uma proposta vinculante – com um valor que não agradou aos americanos.

A expectativa é que outros players que mostraram interesse ao longo das negociações, como a CTG e a Brookfield, apresentem ofertas melhores.

Ao fim de 2023, a Eletrobras tinha R$ 17 bilhões provisionados referentes aos empréstimos compulsórios – R$ 6 bilhões a menos do que no mesmo período de 2022, por conta da quitação de passivos e de acordos que resultaram em perdas menores que o esperado para a companhia.

Procuradas pelo veículo, Votorantim e Eletrobras não retornaram. A AES Brasil disse que não iria comentar.

As informações são da jornalista Natalia Viri do site Exame.

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