
O BTG Pactual reduziu o preço-alvo para as ações da Ambev (ABEV3) de R$ 16,00 para R$ 15,00, mantendo a classificação neutra sobre os papéis da companhia.
Os analistas Henrique Brustolim e Thiago Duarte acreditam que o governo terá pressa em aprovar a medida provisória que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais vindos de subvenção para investimentos (MP 1185/23).
Nesta quinta-feira (14), inclusive, a comissão mista vota o parecer do relator, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG). O deputado apresentou ontem seu parecer em que defende a aprovação de um projeto de lei de conversão.
Na visão do BTG, o projeto deve entrar em vigor já em 2024. "Uma vez que isso seja feito, acreditamos que o consenso terá que rever as estimativas também, incluindo projeções mais conservadoras para a [produção na] Argentina", afirmam os analistas.
Os analistas afirmaram ainda que não está claro o que a Ambev deve fazer com sua estrutura de capital se sua taxa efetiva de impostos subir dentro da estimativa do banco.
"É possível que a Ambev decida aumentar a alavancagem, e isso pode significar dividendos extraordinários e ainda mais crescimento. Nossas novas estimativas não assumem nada disso", explicam.
O BTG também reduziu o EBITDA de 2024 em 2% e o EPS de 2024 em 14%. Os analistas afirmaram que, mesmo no Brasil, onde os resultados da companhia surpreendem, a sensação é de que os volumes estão ameaçados em função de uma indústria menos vibrante e com maior concorrência.