Debêntures

Americanas (AMER3) anuncia emissão de R$ 1,875 bilhão em debêntures

As debêntures serão integralizadas mediante a entrega das debêntures da 21ª emissão privada de debêntures simples

Americanas (AMER3) anuncia emissão de R$ 1,875 bilhão em debêntures

Em ata de reunião do conselho de administração publicada na última terça-feira, 27 de agosto, a Americanas (AMER3) confirmou, por unanimidade de votos dos membros do colegiado e sem ressalvas, a aprovação da 22ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, a ser convolada em da espécie com garantia real, com garantia adicional fidejussória, em três séries, para distribuição pública.

O valor total da emissão foi definido em até R$ 1.875.000.000,00.

As debêntures serão integralizadas mediante a entrega das debêntures da 21ª emissão privada de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, a ser convolada em da espécie com garantia real, com garantia adicional fidejussória, em quatro séries, da
companhia, e de créditos quirografários – Opção II, sem captação de novos recursos, pelo cumprimento do plano de recuperação judicial da companhia homologado pelo juízo da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

Agrupamento de ações

A partir da última terça-feira (27), os papéis de Americanas passaram a ser negociados agrupados na proporção 100:1. A medida foi aprovada em maio.

Por volta de 11:00, os papéis agrupados registravam alta de 17,8%, cotados ao preço de R$ 5,83. Os papéis seguiram em uma hora de leilão na B3, na abertura das negociações.

Ao fechamento, se valorizou 40%, ao preço de R$ 7,00 cada.

Os papéis foram negociados com o preço reajustado de R$ 5,00 por ação após o grupamento.

E quando finalmente os balanços saíram…

Em 2023, o GMV de Americanas (AMER3) foi de R$ 22,8 bilhões, uma queda de 45,90% em relação a 2022, devido, principalmente à redução de 75,70% nas vendas da plataforma digital.

Esse desempenho negativo no digital foi atribuído à estratégia da varejista de diminuir o volume de vendas do 1P (vendas próprias) e migrar categorias relevantes para o 3P (marketplace), com o objetivo de melhorar a rentabilidade da operação.

O GMV nos seis primeiros meses de 2024 foi de R$ 10,10 bilhões (-9,0% vs. seis primeiros meses de 2023).

No ano de 2023, a varejista Americanas encerrou as operações de 125 unidades. No primeiro semestre de 2024, encerrou 56 unidades, majoritariamente no formato Express.

Em 2023, a receita líquida consolidada atingiu R$ 14,90 bilhões, queda de 42,10% em relação a 2022. No primeiro semestre de 2024, o indicador atingiu R$ 6,8 bilhões, uma leve queda de 2,6%.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado (ex-IFRS 16) em 2023, apesar de ainda negativo em R$ 3,50 bilhões, melhorou em quase R$ 1 bilhão comparado com 2022.

Já o EBITDA ajustado (ex-IFRS 16) no primeiro semestre de 2024 ainda foi negativo em R$ 240 milhões, mas avançou quase R$ 1,5 bilhão comparado com o mesmo período do ano anterior.

LEIA MAIS: Americanas (AMER3) põe fim no Submarino e Shoptime, ao integrar marcas em próprio aplicativo

Lucro? Nem pensar!

O prejuízo de Americanas em 2023 foi de R$ 2,30 bilhões, o que representa uma redução de 82,8% em relação a 2022.

O resultado de 2023 foi negativamente marcado pelo impacto operacional da crise e a redução de receitas, os custos adicionais da Investigação e da Recuperação Judicial e parcialmente compensado por impactos tributários.

A homologação do PRJ de Americanas e sua execução abre caminho à expectativa da companhia para gerar lucro tributável em 2024, o que possibilitou o reconhecimento de impostos diferidos no valor de R$ 4,8 bilhões no quarto trimestre de 2023.

Nos primeiros seis meses de 2024, o prejuízo foi de R$ 1,4 bilhão, o que representa uma redução de 55,90% em relação ao mesmo período de 2023.

Guidances foram descontinuados

No dia 14 de agosto, a varejista Americanas anunciou que decidiu por descontinuar a divulgação de suas projeções (guidance).

Tal decisão foi tomada de forma a permitir que a companhia reavalie a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação dos seus resultados do exercício social findo em 31 de dezembro 2023 e dos trimestres findos em 31 de março de 2024 e em 30 de junho de 2024.

*Matéria originalmente publicada às 22:10 da

Sair da versão mobile