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Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) ou Via (VIIA3)? Genial tem ação preferida; descubra aqui!

Comentários da corretora sucedem um arrefecimento na inflação, puxados pelos dados do IPCA de julho e agosto, ambos com deflação, de -0,68% e -0,36%

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Genial Investimentos elegeu as ações de Americanas (AMER3) ao posto de principal escolha do setor de varejo e-commerce, com recomendação para compra e preço-alvo 23YE de R$ 28,40 – um potencial de alta de 67% diante do preço negociado na última terça-feira (27).

O último preço-alvo era de R$ 31,00.

De acordo com os analistas Iago Souza e Igor Guedes, que assinam o material, o DCF de Americanas (AMER3) se baseia em:

(i) um CAGR de Receita líquida 22-25E de 12% a/a;
(ii) uma expansão de margem operacional de 10,0% em 2021 para 14,6% em 2025;
(iii) um WACC de 14,2%; e
(iv) um g de 5,5% na perpetuidade.

Eles esperam que a companhia apresente uma margem operacional superior à média do setor no curto prazo, com o GMV oriundo do e-commerce em um avanço de 19,0% em 2022 e de 15,0% no ano que vem.

“Estimamos que o canal digital da Americanas tenha apresentado um market share de 18% no primeiro semestre, alcançando um patamar acima dos seus pares”, escreveram Souza e Guedes.

Eles acrescentaram, ainda, que o negócio parece mais atrativo quando são adicionadas à análise Americanas Advertising e AME Digital.

Mais recomendações

No relatório, os analistas rebaixaram a recomendação de Magazine Luiza (MGLU3) de “compra” para “neutra”, com preço-alvo de R$ 5,20. Já os papéis da Via (VIIA3) foram reiterados à indicação “neutra”, mas tiveram o preço-alvo elevado para R$ 4,80.

Desde o pico, em meados de 2020, as ações das três varejistas já caíram mais de 80%. 

Pano de fundo

A análise sucede um arrefecimento na inflação, puxados pelos dados do IPCA de julho e agosto, ambos com deflação, de -0,68% e -0,36%, fruto sobretudo da redução do ICMS em energia e gasolina, que retraíram – 4,6% e – 5,01% na cesta de julho, e impulsionados pelo IPCA-15, divulgado em agosto, que marcou a maior deflação da série histórica, também potencializada pela desaceleração de preços nesses dois grupos.

Eles afirmam que as duas leituras de deflações trouxeram à tona a rotação de teses: investidores diminuem suas exposições nos setores de commodities, para alocação de recursos em teses de ciclo doméstico e entendem que o Brasil já chegou ao fim do ciclo de alta de juros.

Projetam a Selic terminal em 13,75% neste ano. Para 2023, diante de expectativa de inflação em 4,8%, enxergam espaços para corte de -200 BPS distribuídos ao longo do 2º semestre.

“Esperamos que o Auxílio Brasil, que sofreu recentemente um aumento para R$ 600 até dezembro, possibilite um maior repasse de preço de produtos, beneficiando a recomposição de margens das companhias”, disseram.

Veja o relatório completo aqui.

Destacaram ainda contínua melhora no mercado de trabalho, com a recomposição de empregos após a paralisação do setor de serviços em 2020, como fator extremamente positivo para o varejo, uma vez que aumenta a massa de rendimento disponível para o consumo.

O número se aproxima da taxa de desemprego de equilíbrio (9,5%), concluíram Guedes e Souza.

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