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Americanas (AMER3): Safra irrita bancos, após questionar plano de recuperação na Justiça

Bancos relatam que até pouco mais de uma semana antes de ser formalizado o acordo, o Safra estava na mesa de negociações e demonstrava disposição em aderir

- Americanas - Divulgação
- Americanas - Divulgação

A decisão do Safra de ir à Justiça questionar o plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3) não agradou os quatros bancos (BTG, Bradesco, Itaú e Santander) que assinaram no dia 27 de novembro um acordo com os acionistas de referência da varejista, segundo o colunista do O Globo, Lauro Jardim.

De acordo com a publicação, em conversas privadas, os bancos relatam que até pouco mais de uma semana antes de ser formalizado o acordo, o Safra estava na mesa de negociações e demonstrava disposição em aderir. Só no sábado, 18, é que foi dito aos participantes da negociação que o banco estava fora.

Nas mesmas conversas apuradas por Jardim, afirmam que o ponto que pesou mesmo para o Safra pular fora foi uma questão interna do banco: o crédito concedido à Americanas, de cerca de R$ 2,4 bilhões, foi dado sem o conhecimento de parte do conselho do Safra, o que teria obrigado o banco agora a endurecer na negociação com a Americanas.

*Atualização: Ao colunista, o Safra declarou que, em todas as reuniões que participou com os outros credores, manifestou seu desacordo com algumas cláusulas que estavam em discussão. De acordo com a instituição, todos os empréstimos dados a Americanas estão dentro da alçada que a diretoria possui para esse tipo de operação.

 

*Matéria atualizada às 10:36, do dia 11 de dezembro de 2023, com a reprodução da resposta do Banco Safra à coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

 

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