A Ânima (ANIM3) apresentou um impressionante desempenho trimestral com o balanço financeiro do 4T23, na avaliação do BTG Pactual. A empresa registrou uma notável redução na alavancagem e gerou otimismo entre os investidores.
"Durante o quarto trimestre, a empresa testemunhou mais uma rodada bem-vinda de redução trimestral da alavancagem para 3.25x, abaixo das convenções do ano fiscal de 2023, uma melhoria significativa em relação aos trimestres anteriores. Essa conquista foi impulsionada por um grande salto no EBITDA (lucros antes juros, impostos, depreciação e amortização)" destacou o BTG.
Embora não tenham ocorrido grandes surpresas no Demonstrativo de Resultados (DRE), com o EBITDA ajustado ficando 6% acima das expectativas do banco, o consumo de fluxo de caixa livre (FCF) foi um pouco melhor do que o esperado, uma ocorrência comum no quarto trimestre devido a fatores sazonais.
O crescimento da receita bruta em 7% em relação ao ano anterior foi impulsionado por Inspirali, enquanto o EBITDA contábil aumentou impressionantes 85% ano a ano.
No entanto, o BTG aponta que os resultados foram afetados negativamente por R$ 34 milhões em itens não recorrentes, relacionados a custos de rescisão, redução do valor recuperável de ativos e despesas associadas à venda de ativos imobiliários.
Após ajustes para esses itens não recorrentes, o EBITDA ajustado (IFRS16) expandiu-se em 50% ano a ano, com uma significativa redução nos custos de aluguel, o que contribuiu para dobrar o EBITDA ex-IFRS16 em relação ao ano anterior.
O lucro líquido do período foi de R$ 102 milhões, enquanto o lucro líquido ajustado para itens não recorrentes e amortização de valor adicionado foi de R$ 6 milhões, enquanto o BTG esperava um montante de R$ 20 milhões.
Diante dos números, o BTG Pactual mantém recomendação de compra para as ações da empresa, a um preço-alvo de R$ 7,00, "com os resultados do quarto trimestre trazendo alívio ao tese de investimento, através de mais uma rodada de redução trimestral da alavancagem".
Segundo o banco, a perspectiva de uma futura redução da alavancagem nos próximos trimestres e um potencial aumento adicional na receita são considerados fatores importantes para uma possível reavaliação da empresa pelos investidores.
Nesta terça-feira (26), os papéis da companhia operam em alta de 1,42% a R$ 5,00, por volta das 10:10.