A Azul (AZUL4) anunciou no último domingo (1º) que concluiu a reestruturação de suas obrigações com substancialmente todos os arrendadores e OEMs, e com isso, analistas do Goldman Sachs recomendam compra dos papéis, colocando preço-alvo de R$ 29,90 em doze meses por ação.
Os analistas escrevem que a renegociação contemplou o pagamento de diferimentos de arrendamento do período COVID-19, a redução permanente dos pagamentos de arrendamento através da redução das taxas de arrendamento e o diferimento de determinados pagamentos a arrendadores e OEMs, bem como certas obrigações com fornecedores.
Além dos acordos mencionados, o banco também afirma que "a empresa emitiu uma dívida de aproximadamente US$ 370 milhões, com vencimento em 2030, relativa a certos pagamentos e outras obrigações devidas a alguns arrendadores e OEMs. Os arrendadores e OEMs concordaram em receber ~USD 570 milhões em ações preferenciais da Azul a BRL 36/sh, que deverão ser emitidas trimestralmente a partir do 3T24 até o 4T27".
Por fim, "a companhia observou que espera que os pagamentos de arrendamento sejam reduzidos em ~R$ 1 bilhão/ano – uma redução de ~R$ 1,3/1,0 bilhão em 2023/24E vs uma redução esperada de ~R$ 1,8/1,2 bilhão em seu anúncio original, que vemos como ligeiramente negativo", apontou o Goldman Sachs.
O banco termina o relatório reiterando a recomendação de compra: "acreditamos que a recente liquidação no setor (os preços das ações caíram 20-50% nos últimos 3 meses) abriu uma oportunidade, dado o estado racional dos principais mercados da região".