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A Azul (AZUL4) reportou nesta segunda-feira (24), que teve resultados recordes no quarto trimestre de 2024, com um lucro operacional de R$ 1,2 bilhão no período, alta de 40,2%.
Apesar disso, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre, revertendo o lucro de R$ 403 milhões do ano anterior.
No acumulado de 2024, as perdas totais chegaram a R$ 8,2 bilhões, em comparação com um prejuízo de R$ 700 milhões em 2023.
ℹ️ Tipos de lucro: existe uma diferença entre lucro operacional e lucro líquido. O lucro operacional considera apenas as operações do dia a dia, enquanto o lucro líquido leva em conta todos os custos financeiros e tributários.
No EBITDA (lucro antes juros e amortizações), a companhia fechou 2024 com R$ 6,0 bilhões e R$ 1,95 bilhão no último trimestre, um aumento de 33% em relação ao ano anterior.
A margem EBITDA atingiu 35,2%, uma das maiores do mundo.
Crescimento impulsionado por demanda forte
A receita operacional no 4° trimestre chegou a R$ 5,5 bilhões, um aumento de 10,2% sobre 2023.
Segundo a Azul, esse crescimento foi impulsionado pelo aumento na demanda, avanço nas unidades de negócios e maior capacidade.
O tráfego de passageiros subiu 16,9%, superando o crescimento da oferta e resultando em uma taxa de ocupação de 84,2%.
Os negócios da Azul além do transporte aéreo convencional tiveram papel crucial, contribuindo com 23% do RASK e 24% do EBITDA.
Destaques incluem o programa de fidelidade Azul Fidelidade, que cresceu 27%, a Azul Viagens, que expandiu as vendas em 63%, e a Azul Cargo, com alta de 10% na receita trimestre a trimestre.
Redução de custos
A companhia conseguiu reduzir o CASK em 6,5%, graças a uma queda de 17% no preço do combustível, iniciativas de corte de custos e maior produtividade.
A frota modernizada ajudou a reduzir o consumo de combustível por ASK em 2,3%.
Reestruturação financeira
A Azul encerrou o ano com R$ 3,1 bilhões de liquidez imediata, um aumento de 22,5% em relação ao trimestre anterior.
A empresa também concluiu a captação de US$ 525 milhões em notas superprioritárias e eliminou US$ 1,6 bilhão em dívidas de seu balanço, reforçando sua posição financeira para continuar investindo no crescimento e na eficiência.
Segundo o CEO John Rodgerson, os resultados demonstram a força do modelo de negócios da Azul e preparam a companhia para um futuro ainda mais promissor.