A B3, a bolsa de valores brasileira, anunciou nesta terça-feira (17) o registro de R$ 44,1 milhões em cotas de fundos por conta e ordem entre abril e agosto de 2024. Esse volume financeiro é resultado da movimentação de 20 fundos distintos, que juntos possuem cerca de 10 mil cotistas.
O processo foi gerido por seis instituições financeiras, que atuam na modalidade de cotas por conta e ordem. Nessa divisão, uma corretora ou instituição financeira é responsável pela distribuição e subscrição de cotas de fundos geridos por outra instituição, como bancos ou operadoras de mercado.
Cotas e Resolução CVM 175
Segundo o comunicado da B3, o “registro dessas cotas tem como objetivo cumprir a resolução 175 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”. A normativa entrou em vigor em outubro de 2023.
A resolução exige que as instituições distribuidoras de cotas solicitem autorização para prestar serviços de escrituração de valores mobiliários ou realizem o registro das cotas em uma infraestrutura de mercado devidamente autorizada.
A nova regulamentação exige que os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) estabelecidos antes de 2 de outubro de 2023 devem se adequar até 29 de novembro de 2024. Os demais fundos têm até junho de 2025 para se ajustarem às exigências da CVM.
Compromisso da B3 com normativa
Leonardo Betanho, superintendente de Produtos da B3, destacou que a bolsa está equipada para atender às novas exigências regulamentares de registro de cotas.
“A B3 já conta com toda a infraestrutura necessária para a realização de registros em mercado organizado e vem auxiliando as instituições financeiras a cumprirem com a regulação, trazendo mais segurança e transparência para o mercado de fundos”, afirmou Betanho.
O primeiro registro de cotas de fundo por conta e ordem em atendimento da Resolução CVM 175 foi realizado em abril desse ano com a Guide Investimentos.
Na época, Betanho falou que a “B3 conta com ampla expertise no mercado de fundos e está preparada para auxiliar os clientes a cumprirem com a regulação”. Para ele, isso traz “mais segurança e transparência para o mercado e fornecendo um ambiente seguro e que atende a dinâmica desse mercado”.