Ações recomendadas

Tenda (TEND3): Bradesco BBI eleva recomendação e JPMorgan aponta para construtoras de baixa renda

Analistas avaliaram ações de construtoras listadas na B3

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Os analistas do Bradesco BBI e JPMorgan atualizaram suas análises e projeções para as ações de construtoras listadas na B3.

Com foco especialmente nas ações direcionadas à baixa renda, os analistas do Bradesco BBI elevaram a recomendação para as ações da Tenda (TEND3).

A mudança foi de neutra para outperform (indicando um desempenho acima da média do mercado, equivalente à recomendação de compra), estabelecendo um preço-alvo de R$ 21 por ação.

A Tenda foi destacada como a "segunda preferida" dentro desse segmento. No período das 10h32 (horário de Brasília) desta terça-feira (5), os papéis da Tenda (TEND3) registraram um aumento de 4,50%, alcançando R$ 13,01.

A Direcional (DIRR3) é apontada como a principal escolha, também com recomendação de outperform e preço-alvo de R$ 30. Logo após a Direcional, vêm Tenda e MRV (MRVE3), esta última com preço-alvo de R$ 17.

Em seguida, estão Plano&Plano (PLPL3) e Cury (CURY3), todas com recomendação equivalente à compra. Para PLPL3, o preço-alvo é de R$ 16, enquanto para CURY3 é de R$ 24, mantendo uma perspectiva positiva para o setor.

A Tenda passa a ser a escolha preferida do banco entre os casos de recuperação (MRVE3 e TEND3), sendo a segunda opção no segmento de baixa renda, após a DIRR3.

Os analistas observam uma relação atrativa entre risco e recompensa, destacando um potencial significativo para o múltiplo de preço/lucro (P/L) esperado para 2025, cerca de 3,8 vezes, o que representa uma diferença de aproximadamente 50% em relação à média dos pares.

Por outro lado, o JPMorgan manteve a recomendação neutra para a Tenda e destacou a seguinte ordem de preferência para o setor de construção: Cyrela (CYRE3), Direcional, MRV, Cury, Tenda e EzTec (EZTC3).

Otimismo sobre o setor

O banco expressou otimismo em relação às construtoras residenciais brasileiras, baseando-se na contínua melhoria das condições macroeconômicas, como a redução da inflação e das taxas de juros.

As projeções para dezembro de 2024 sugerem um aumento entre 30% e 80% nos preços-alvo, após o desempenho positivo deste ano, que variou entre 20% e 65%, excluindo a Tenda, que teve um avanço de 195%, superando o índice Ibovespa, que teve um crescimento de 16%.

O JPMorgan destacou a preferência pelo segmento de renda média e alta em detrimento do segmento de baixa renda, considerando o impulso positivo à medida que a taxa Selic continua em queda, além da menor concorrência e menor risco de execução, já que esse setor não depende tanto do suporte governamental.

Cyrela (CYRE3) é apontada como a principal escolha do banco no setor, devido à sua exposição relativamente maior ao segmento de renda média e alta. Espera-se um desempenho premium em 2023 e a possibilidade de ganhos em 2024 caso a taxa Selic caia mais rapidamente do que o esperado.

No entanto, o JPMorgan reduziu suas estimativas para MRV e EzTec. A MRV teve o preço-alvo reduzido em 16% para R$ 16,00, refletindo uma diminuição na contribuição da Resia e no segmento principal da empresa.

Apesar do corte, o banco mantém a exposição acima da média, considerando o potencial de valorização. Já a EzTec teve seu preço-alvo reduzido em 14%, para R$ 24,00, devido a lançamentos mais fracos do que o esperado para este ano.

Para TEND3, a recomendação neutra foi mantida, com um preço-alvo cortado de R$ 18 para R$ 17, representando um potencial de valorização de 37%. Enquanto isso, para a Direcional, a recomendação é de exposição acima da média, com um alvo de R$ 29, o que representa um upside de 47%.

Cyrela também recebeu uma recomendação de overweight, com um preço-alvo de R$ 30 e uma perspectiva de crescimento de 40%, e Cury, também com recomendação overweight, possui um preço-alvo de R$ 23, com um potencial de valorização de 34%.

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