De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), a BrasilAgro (AGRO3) reportou um trimestre fraco, com margens de contribuição quase zero das principais
safras vendidas no trimestre.
A boa notícia, para os analistas, foi a expectativa de que os custos de insumos devem diminuir à frente, de olho na queda dos preços dos fertilizantes desde o seu pico no ano passado (-54%).
De volta ao conjunto de resultados, os volumes de vendas foram 45% menores ano a ano, em reflexo a estratégia de comercialização da soja (-32%),
bem como menores rendimentos de cana-de-açúcar (-52%).
As receitas ex-land de R$ 157 milhões caíram 41% ano a ano.
O BTG Pactual diz ter ainda uma visão positiva sobre grãos e cana-de-açúcar e diz que os rendimentos avançam para 2023, ao deixar para trás muitos dos culpados pela margem do último trimestre.
Na avaliação dos analistas, a mudança bem-sucedida da BrasilAgro em direção a um jogo mais equilibrado de terras agrícolas e as operações agrícolas provavelmente significarão que os acionistas continuarão a desfrutar de um bom fluxo de dividendos.
Agora, veem as ações AGRO3 negociadas em torno de 0,8x P/NAV considerada a última avaliação disponível, um prêmio em relação ao nível histórico.
Embora os analistas aleguem ter por muito tempo argumentado que a capacidade da BrasilAgro de monetizar consistentemente seu banco de terrenos fez com que ela merecesse negociar mais perto do NAV, o BTG Pactual opina que a acomodação recente dos preços das commodities provavelmente significa que o NAV vai se expandir de forma mais moderada a partir de agora.
Analistas disseram estar ansiosos para ouvir se a administração acha que as vendas de terras agrícolas podem acelerar para justificar um aumento adicional
na redução do desconto P/NAV.
O BTG Pactual reitera a recomendação de compra para as ações de BrasilAgro (AGRO3), com preço-alvo de R$ 43,00 em doze meses.