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Braskem (BRKM5): cinco pontos de alerta sobre a oferta de R$ 47,00 por ação

Novonor (ex-Odebrecht) confirmou ter recebido do fundo de private equity americano Apollo e da Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dabi, para adquirir fatia detida na petroquímica

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Na terça-feira (9), a Novonor (ex-Odebrecht) confirmou ter recebido do fundo de private equity americano Apollo e da Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dabi, uma oferta não vinculante para a aquisição indireta da participação detida na petroquímica Braskem (BRKM5).

A oferta foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A proposta não vinculante estabelece R$ 47,00 por ação, com os ajustes usuais a este tipo de transação, e carece de avaliação e negociação com a Petrobras (PETR3)(PETR4).

Em relatório de análise sobre a possível transação, o Bradesco BBI reiterou sua recomendação neutra para os ADRs da companhia negociados em Nova York, com preço-alvo de US$ 13,00.

Os analistas apontam que o comunicado esclareceu um ponto-chave: a emissão de títulos para a potencial aquisição, uma vez efetuadas pelos emissores adquirentes.

Em outras palavras, se a transação for concluída e os direitos de tag-along forem concedidos para acionistas minoritários, parte da remuneração vai exigir que os investidores assumam o risco de ADNOC e Apollo.

Por um lado, veem isso como positivo, pois:

(1) evita a superalavancagem da Braskem e remove o risco de estressar ratings; e

(2) retira os acionistas do risco da Braskem.

Por outro lado, acreditamos que mais perguntas surgirão no mercado:

(1) onde os títulos serão negociáveis?;

(2) vai haver um período de bloqueio para negociar esses títulos?;

(3) o título vai ser emitido no nível ADNOC-Apollo ou em uma subsidiária financiada específica para evitar que os investidores fiquem totalmente expostos ao risco do preço do petróleo?;(

(4) qual vai ser a garantia para este título?; e

(5) os títulos serão resgatáveis?

Para os analistas, todas essas questões são importantes para lidar com os riscos de liquidez e de mercado que podem causar a desvalorização do título.

Se houver muitos investidores dispostos a sacar o título, inicialmente pode haver pressão significativa sobre o valor de face do título, destacou o Bradesco BBI.

Além disso, os analistas destacaram que, atualmente, os títulos Saudi Aramco 2050 pagam um YTM de 5,2%, mais atrativo do que o oferecido aqui. Portanto, mais explicações seriam necessárias.

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