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BRF (BRFS3): Goldman Sachs recomenda vender, mesmo após follow-on

A empresa precificou os papéis da oferta subsequente de ações a R$ 9,00, com a colocação de 600 milhões de papéis, e arrecadou R$ 5,4 bilhões

Entrada da Unidade de Chapecó (SC) da BRF - Divulgação/BRF
Entrada da Unidade de Chapecó (SC) da BRF - Divulgação/BRF

O Goldman Sachs reiterou sua recomendação de venda para as ações de BRF (BRFS3), mas elevou o preço-alvo de R$ 6,20 para R$ 6,90 por papel. Analistas destacaram, em relatório, que o follow-on de R$ 5,4 bilhões promovido pelo frigorífico traz melhorias em sua estrutura de capital.

A empresa precificou os papéis da oferta subsequente de ações a R$ 9,00, com a colocação de 600 milhões de papéis – 20% superior ao previsto, com a adição de 100 milhões de papéis em lote extra.

O banco norte-americano declarou que desafios persistentes estão no caminho da BRF (BRFS3) e são impeditivos para a geração de fluxo de caixa livre positivo, dada a concorrência intensa e a demanda volátil.

Além disso, analistas citam dados de gripe aviária diariamente em todo o território nacional.

De volta à operação, o acionista de referência Marfrig (MRFG3) permaneceu com 33,30% do capital social total do frigorífico e subscreveu 200.323.582 ações (R$ 1,80 bilhão).

O fundo soberano da Arábia Saudita para a segurança alimentar, Salic, detém agora pouco mais de 10% de participação. Salic subscreveu 180 milhões de papéis (R$ 1,62 bilhão). Juntos, os acionistas foram responsáveis por 63,40% da oferta. A Previ, outra acionista relevante, acompanhou a operação.

Os recursos serão utilizados para reduzir a alavancagem financeira da BRF, que, ao fim de março, era de R$ 15,3 bilhões (3,4x o EBITDA). O Goldman Sachs estima que o percentual caia a 2,4x o EBITDA.

Banco Safra, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citigroup, Itaú BBA, J.P. Morgan, UBS BB e XP Investimentos coordenaram a transação.

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