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Camil (CAML3): o que o Santander achou do segundo trimestre do ano fiscal da companhia?

Analistas reiteraram a classificação outperform, com preço-alvo de R$ 13,40

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Para o Santander, a Camil (CAML3) reportou resultados sólidos no segundo trimestre do ano fiscal, com números alinhados às estimativas dos analistas, apesar de uma margem EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sequencialmente mais fraca (aumento de 7,6% – 2,6% menor trimestre a trimestre, 1,0% menor ano a ano).

Analistas reiteraram a classificação outperform, com preço-alvo de R$ 13,40, porque:

i) esperam que os preços continuamente altos do arroz sustentem o estoque, dada a sua correlação historicamente alta com a commodity; e

(ii) acreditam que o mercado deve iniciar gradativamente para precificar nas novas categorias (massas, café e biscoitos) à medida que a execução for entregue.

A Camil reportou um sólido EBITDA ajustado de R$ 205 milhões (+7% A/A), com EBITDA implícito e margem de aproximadamente 7,6%, mais fraca no trimestre.

Também acreditam que a lucratividade no trimestre foi prejudicada, devido a custos mais altos na categoria de massas (ou seja, custos mais altos de trigo) e
despesas de vendas, além de uma concorrência mais acirrada na categoria de café.

No segmento internacional, os volumes aumentaram cerca de 40% A/A, devido ao impressionante crescimento no Uruguai e à incorporação das operações equatorianas, embora isso tenha sido parcialmente compensado por operações mais fracas no Chile e no Peru.

Analistas projetam uma geração negativa de FCF recorrente de aproximadamente R$ 101 milhões no FY2T22, impulsionada por maiores necessidades de capital de giro (ou seja, uma concentração pontual de faturamento com determinados fornecedores) e aumento de despesas financeiras (relacionadas a taxas mais altas).

O CAPEX do período foi de R$ 42 milhões, relacionado principalmente para manutenção, pois alguns projetos de expansão foram adiados devido à alta taxa de juros.

A alavancagem aumentou para 2,6x ND/EBITDA (vs. 2,4x no FY1T22), principalmente devido a novas emissões de dívida usado para financiar fusões e aquisições recentes (no Uruguai e no Equador — ainda não a aquisição da Mabel no Brasil), pontuou o Santander.

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