Valorização recorde

Ações da Casas Bahia sobem 77% em um mês; o que esperar do resultado do 4T24?

Casas Bahia nega ter informações que justifiquem a oscilação; resultados da companhia serão divulgados na quarta-feira (12)

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Na última segunda-feira (10), os papéis da Casas Bahia (BHIA3) dispararam 29,91% acompanhados de uma valorização mensal de 77%. O movimento antecede a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), marcada para quarta-feira (12). 

Porém, a valorização foi recebida com atenção pelo mercado, e para esclarecer as dúvidas, a Casas Bahia comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que desconhece qualquer fato relevante não divulgado que justifique a oscilação expressiva de suas ações. 

“A companhia reitera seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado informados sobre qualquer evento relevante nos termos da regulamentação aplicável”, destacou a empresa.

Por que as ações da Casas Bahia subiram? 

Especialistas do mercado apontam para a possibilidade de um short squeeze como o principal fator dessa valorização. O analista Rafael Ragazi, da Nord Research, explica que a forte alta pode estar forçando investidores que apostaram na queda dos papéis a recomprá-los para encerrar suas posições, o que amplifica a pressão compradora. 

Cerca de 25% das ações da companhia estavam alugadas, o que pode ter contribuído para esse movimento, analisa Ragazi.

A XP Investimentos reforça essa tese, informando que 24,7% das ações da empresa estavam vendidas a descoberto, um aumento de 4,4 pontos percentuais em duas semanas. 

“Após cair mais de 99% entre julho de 2022 e o fim do mês passado, a companhia está valendo apenas R$ 470 milhões na Bolsa atualmente”, acrescenta Ragazi.

O que esperar do 4T24?

O mercado aguarda com expectativa os números do 4T24. De acordo com as projeções da XP Investimentos, a Casas Bahia deve apresentar um desempenho misto. 

O segmento de estoque próprio (1P) pode continuar sob pressão devido à reestruturação do portfólio. Por outro lado, o marketplace (3P) e as lojas físicas devem crescer e impulsionar a rentabilidade.

As estimativas indicam um crescimento de 7% no GMV (volume bruto de mercadorias) na comparação anual. As vendas em lojas físicas devem subir 9%, e o marketplace pode registrar alta de 9,5%. No entanto, o segmento 1P pode sofrer retração de 5%.

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