Nesta terça-feira (26), por volta de 16:24, as ações da Casas Bahia (BHIA3) recuavam 6,97%, a R$ 6,14. O mercado reage aos resultados da companhia no quarto trimestre de 2023, divulgados na véspera.
A receita bruta consolidada da varejista registrou queda de 15,5% na comparação anual, a R$ 8,8 bilhões. A variação foi explicada tanto pela redução nas receitas das lojas físicas, como o recuo nas receitas das vendas online, apesar do crescimento das receitas de marketplace.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 163,0 milhões no quarto trimestre de 2023. A Genial Investimentos afirmou que a margem bruta surpreendeu positivamente, dado o menor impacto da redução de estoques em relação ao esperado.
Já o EBITDA, despesas financeiras e lucro líquido se consolidaram bem aquém das estimativas da casa. "Entendemos que parte do resultado fraco já tenha sido precificado, uma vez que Casas Bahia acumula uma queda de 27,0% desde o início de março. Acreditamos que o mercado deve se concentrar na linha de Outras Despesas, redução de estoques e reversões de provisões trabalhistas", diz o relatório assinado pelos analistas Iago Souza, Nina Mirazon e Vinicius Esteves.
Para 2024, a casa acredita que o resultado do grupo devem perpassar por quatro grandes tópicos:
- (i) Maior funding para crédito;
- (ii) Recomposição de margem bruta;
- (iii) Reperfilamento de dívida;
- (iv) monetização de créditos tributários vs. ações do legado trabalhista
Uma das poucas surpresas positivas desse resultado, para a Genial, veio da rentabilidade bruta da companhia.
"De fato, ainda é uma fraca margem, principalmente ao comparamos com o histórico da companhia e, também, versus a sua principal concorrente, que vem ganhando rentabilidade trimestre após trimestre. Contudo, há de se ponderar que o resultado se consolidou +6,2% acima de nossas estimativas, com a companhia apresentando uma margem bruta de 27,6% (-380bps a/a; +160bps vs. Est. Genial)", explicaram.