
A Casas Bahia (BHIA3) marcou um prejuízo líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 452 milhões no quarto trimestre de 2024, uma redução de 54,8% em relação ao prejuízo de R$ 1 bilhão registrado no mesmo período de 2023.
Apesar de continuar enfrentando desafios financeiros, a XP Investimentos avalia que a empresa apresentou uma série de resultados positivos, sinalizando sinais de recuperação e estratégias bem-sucedidas.
“Embora o prejuízo líquido ainda tenha sido impactado por custos financeiros elevados, a empresa mostra sinais claros de recuperação”, comenta a casa.
No EBTIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, o grupo registrou um total de R$ 640 milhões, crescimento impressionante de 300% em relação aos R$ 160 milhões do mesmo período de 2023.
A receita líquida também teve uma boa performance, com avanço de 7,6% para R$ 7,981 bilhões no último trimestre de 2024.
Segundo a XP Investimentos, o destaque do balanço ficou por conta do crescimento do GMV Total Consolidado, que subiu 10%, impulsionado pela recuperação das lojas físicas (SSS +17%) e pela aceleração do marketplace (+24%).
O desempenho das vendas B2B também foi otimizado, enquanto a empresa ajustava seu mix de produtos.
O resultado disso foi um crescimento de 8% nas vendas brutas consolidadas, com a recuperação das vendas de mercadorias (+7%) e a força dos serviços e crédito (+17% e +21%, respectivamente).
A rentabilidade foi um ponto positivo para a XP, com a margem bruta expandindo 320 pontos base, refletindo a qualidade dos estoques, a estratégia do mix de produtos e o aumento da penetração de serviços financeiros.
A margem EBITDA ajustada também avançou para 8%, um ganho de 5,8 pontos percentuais frente ao ano anterior, sustentada pela alavancagem operacional e controle de SG&A (-2,5% A/A).
Para 2025, os executivos da Casas Bahia projetam uma melhoria gradual da margem EBITDA ajustada, destacando o crescimento de 15% na carteira de crédito e a redução da inadimplência acima de 90 dias.