As estatais Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) devem passar pelo processo de privatização em 2025, segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Aro. Essa operação será o grande foco da gestão de Romeu Zema (Novo-MG) no primeiro semestre de 2025.
O governo estadual estima arrecadar até R$ 15 bilhões com os leilões das duas empresas, consideradas essenciais para o mercado de mineiro.
No entanto, a jornada até a aprovação não será fácil. A oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promete resistir ao plano.
Para enfrentar a oposição, composta por 20 parlamentares, o governo de Zema aposta na força de sua base aliada, que conta com 57 deputados.
A estratégia inclui uma forte explicação técnica sobre os benefícios das privatizações, além de um trabalho de convencimento individual dos deputados.
Palavras do secretário-chefe
Marcelo Aro revelou em entrevista a Rádio Itatiaia que tem mantido conversas positivas com os parlamentares e está otimista quanto ao apoio que a proposta receberá.
“A principal função do Executivo é apresentar a proposta. É nossa obrigação dialogar com cada deputado, explicar os motivos por trás das nossas decisões, e permitir que o parlamento sugira melhorias. Pelo que tenho conversado, sinto boa vontade da parte deles para que esse tema avance”, afirmou Aro.
O governo de Minas detém 17% das ações da Cemig e 50,03% das ações da Copasa, o que torna as privatizações das duas estatais um dos maiores desafios e oportunidades da administração Zema.
Para acelerar o processo, o governo precisa conquistar a maioria na ALMG. No entanto, a oposição se mostra firme em sua oposição, considerando as privatizações um “absurdo”.
Apesar da reeleição de Zema e sua alta popularidade, a oposição tem se mostrado resistente, principalmente com o presidente da Assembleia, Tadeu Martins Leite (MDB), que, embora reconheça a legitimidade do governo, destacou que as privatizações não serão “aprovadas a toque de caixa”.