Deputados estaduais que formam a oposição ao governo Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais alegaram não haver consenso na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALEMG) sobre a proposta de federalização de estatais mineiras, como a Cemig (CMIG4) e a Copasa (CSMG3).
A medida seria uma alternativa proposta para o pagamento de dívidas de Minas Gerais com a União, estimada em R$ 160 milhões.
O Inter Research reiterou sua recomendação neutra para os papéis de Cemig (CMIG4), com preço-alvo de R$ 14,00 por papel, e de Copasa (CSMG3), com preço-alvo de R$ 17,00 por ação.
Para a Cemig (CMIG4), analistas destacam que os riscos que tangem a operação se apresentam em maior número, porém de forma diversificada. Entre os principais, listam:
- – i) risco hidrológico, dada a sua vasta exposição a ativos de geração hídrica;
- – ii) conjuntura econômica, seja por volume de energia consumido e distribuído, de acordo com os indicadores de atividade, ou pela sua exposição à inflação e taxa de juros;
- – iii) risco operacional, dados os custos de construção e manutenção de seus ativos;
- – iv) intervenções políticas, ou possíveis modificações legislativas que podem afetar o setor.
O maior ponto de atenção para Copasa se encontra em torno da sua eficiência e gestão de custos, na avaliação do Inter Research.
Dada a extensão da diversidade de desenvolvimento do estado de Minas Gerais, a companhia possui uma quantidade de custos e despesas superior a de seus pares, referentes a gastos com manutenção, transportes e equipamentos, realizados através do atendimento de realizar de regiões de difícil acesso, e com maior carência de estruturas sanitárias.
Embora a Copasa tenha apresentado uma breve evolução em seus últimos resultados, estes custos ainda penalizam fortemente as suas margens operacionais.