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Cielo (CIEL3): como a Genial Investimentos avalia o fechamento de capital da companhia?

O lucro da companhia atingiu R$ 481 milhões no quarto trimestre de 2023

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A Cielo (CIEL3) reportou um resultado em linha com as expectativas do mercado, mas surpreendeu ao anunciar uma oferta pública para fechar o capital da empresa pelos dois controladores, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).

O lucro da companhia atingiu R$ 481 milhões no quarto trimestre de 2023, uma alta de 5,3% na base trimestral e uma queda de 1,9% na comparação anual. 

A OPA da companhia teve preço ofertado de R$ 5,35 por ação, mas será ajustado por proventos, incluindo o Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 410 milhões que serão pagos em abril de 2024.

Caso a oferta seja concretizada, o BB ficaria com 49,99% do capital da Cielo e o Bradesco com o restante (50,01%). Atualmente, o Banco do Brasil conta com uma participação de 28,65% na Cielo e o Bradesco com 30,06%. O free float (ações em circulação) da Cielo fica em 40,57%.

Análise

A Genial Investimentos afirmou que o baixo potencial em relação ao preço da oferta deve criar discussões sobre o valuation de fechamento de capital. Considerando o preço de fechamento da última segunda-feira (5), de R$ 5,03 por ação, o preço da oferta de R$ 5,35 daria um upside de apenas 6,36%. Se descontarmos o JCP a ser recebido, o upside cairia para meros 3,4%.

"Por um lado, o fato de os compradores serem os controladores levanta a possibilidade de conflitos de interesse no fechamento de capital. No entanto, do ponto de vista dos negócios, acreditamos que para o BB, Bradesco e Cielo, o fechamento de capital faz sentido", pontuam Eduardo Nishio, Felipe Oller e Wagner Biondo.

Os analistas afirmaram ainda que o cenário de adquirência passou por mudanças significativas e a perspectiva de um negócio consistentemente rentável é baixa. "O Itaú com a Rede e o Santander com a Getnet conseguiram integrar vendas cruzadas de produtos bancários e adquirência de forma mais eficaz do que o Bradesco, Banco do Brasil e Cielo", explicam.

A Genial também cita que outra razão para o fechamento de capital é o imbróglio envolvendo a Cateno (receita de intercâmbio de cartão de crédito do Banco do Brasil, vendida para a Cielo em 2014). Ambos os bancos ainda consideram a adquirência como parte essencial do ecossistema de cartões.

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