O Itaú BBA reiterou sua recomendação outperform (compra) para as ações de Copel (CPLE6), com a elevação do preço-alvo de R$ 9,60 por ação preferencial classe B ao fim deste ano a R$ 12,00 ao final de 2024.
Analistas aguardam que a empresa invista entre 2x e 3x o valor regulatório para os próximos anos, concentrada principalmente no ciclo tarifário, e veem o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no patamar de R$ 2,9 bilhões em 2026, mais do que o dobro desde a última redefinição tarifária em 2021.
O investimento mais pesado tem implicações positivas adicionais, pois resulta em economia de custos e impacta o cálculo do custo regulatório, o que faz com que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleça um custo controlável maior para a empresa.
Marcelo Sá e equipe projetam um dividend yield (DY) em torno de 5% para os próximos anos se a atual política de dividendos for seguida – o que implicaria em um pagamento de dividendos de 50% em médio prazo, dada a alavancagem esperada.
Porém, analistas veem espaço no balanço da Copel para pagar dividendos mais elevados se a empresa mudar a sua política. O rendimento de dividendos poderia atingir mais de 8% em média, se o pagamento fosse superior a 80%.
Analistas consideram ainda improvável que uma potencial migração para o Novo Mercado aconteça até que haja uma resolução da disputa entre o governo federal e a Eletrobras (ELET3)(ELET6) em relação ao direito de voto.