Para a Órama Investimentos, o grande destaque da CVC (CVCB3) no segundo trimestre foi a alta de 124% no volume de reservas na comparação anual, a R$ 3,8 bilhões. Entretanto, os analistas sinalizaram que os números ainda estão aquém da realidade antes da pandemia de Covid-19.
Nos destinos nacionais, este volume representa 78% do pré-pandemia, e ilustra o quanto a companhia ainda tem para melhorar nos próximos exercícios. A receita da companhia aumentou 133% na comparação anual, e fechou o trimestre em R$ 270 milhões.
O take rate ficou na casa dos 7,6%, número 70 bps menor do que o 2T21. A redução ocorreu pelo aumento na parcela referente ao segmento B2B, que naturalmente possui um take rate menor. A companhia voltou a apresentar EBITDA negativo, no valor de R$ 16 milhões.
No fluxo de caixa da companhia, chama a atenção da Órama um déficit de quase R$ 430 milhões referente a capital de giro.
Naturalmente com a expansão dos volumes, o capital de giro tem também que acompanhar o crescimento. Ainda neste trimestre ,a companhia quitou R$ 100 milhões em dívidas, e realizou uma emissão de ações no valor de R$ 378 milhões.
Leonel Andrade, o CEO da companhia, afirma que é pouco provável que precisem recorrer a novos aumentos de capital no futuro recente.
Por fim, a Órama se diz otimista com a companhia, visto a continuação no crescimento dos volumes. Financeiramente, os resultados têm refletido a melhora na condição econômica da empresa.
Apesar de ainda rodar no vermelho, analistas gostam bastante do modelo de negócio e do posicionamento estratégico. Além disso, o preço da empresa, na casa dos R$ 2 bilhões, é um valor que eles consideram baixo para esta companhia, e portanto segue com a recomendação de compra – preço-alvo de R$ 15,00 em doze meses.