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Eletrobras (ELET3)(ELET6): com Lula presidente, quais são os riscos de reestatização?

CEO da companhia, Wilson Ferreira Júnior, conhece a "pílula de veneno" para uma eventual operação, destacou Genial Investimentos

- REUTERS/Brendan McDermid
- REUTERS/Brendan McDermid

O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia aumentar o poder sobre a Eletrobras (ELET3)(ELET6), informou Manoel Ventura, do jornal O Globo. O veículo obteve acesso a um relatório final do grupo técnico de Minas e Energia da equipe de transição.

No material, os membros do núcleo relembram que a União ainda detém mais de 40% dos papéis da ex-estatal e que, “pelo estatuto”, ela perderia “o poder de influenciar os rumos da empresa de forma proporcional às ações que detém, o que pode implicar em prejuízo para a União”.

O documento, então, recomenda: “Analisar a viabilidade econômica, jurídica e política da adoção de medidas que permitam que a União tenha direito a voto proporcional ao número de ações ordinárias”.

O material ainda sugere solicitar à administração da Eletrobras a postergação da realização de assembleias e outras ações estruturantes, “de forma a que o novo governo tenha condição de avaliar se os interesses da União estão preservados”.

E, ainda, apontou a necessidade de “avaliar as consequências do poder de mercado em mão de um único agente econômico privado”.

Mas o CEO da companhia, Wilson Ferreira Júnior, conhece a “pílula de veneno” para uma eventual reestatização da Eletrobras. O mecanismo defenderia o interesse do acionista em caso de uma aquisição hostil, destacou a Genial Investimentos, em newsletter desta quarta-feira (28).

A “pílula” garante que o prêmio pago deve ser de 200% sobre o preço mais alto das ações nas 504 sessões anteriores, caso a oferta alcance mais de 50% de participação na empresa. O custo para reverter a desestatização seria alto.

Em material recente, o Itaú BBA amenizou temores e dúvidas sobre a ex-estatal e reiterou sua recomendação outperform para as ações ordinárias (ELET3) da Eletrobras, com preço-alvo de R$ 61,60. 

Entre os fatores positivos para o investimento, analistas pontuaram recentes desinvestimentos de ativos e a adoção de medidas que visam simplificar a estrutura acionária.

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