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Em meio a disparada de 13,5%, BTG reitera recomendação de compra para CVC (CVCB3)

Apesar de os números não estarem no patamar do período pré-pandemia, analistas do banco afirmam que a companhia faz um trabalho consistente para recuperá-los

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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – As ações da CVC (SA:CVCB3) disparam nesta tarde, após a empresa divulgar o seu balanço do quarto trimestre de 2021.

Os números ainda não estão no mesmo patamar que o período pré-pandemia, mas o BTG Pactual (SA:BPAC11) destaca que a companhia está fazendo um trabalho consistente em recuperar os seus números.

Às 14h24, os papéis da CVC avançavam 13,58%, a R$ 11,46. 

Mesmo com as restrições de viagens causadas pela variante Ômicron do coronavírus, a CVC apresentou uma grande melhora nos seus dados operacionais, na comparação anual, segundo o BTG Pactual.

O avanço acompanha a tendência positiva dos últimos trimestres, ainda que os resultados do final do ano tenham sido impactados pelo ataque cibernético na operação brasileira.

As reservas totais aumentaram 64% em relação ao 4T20, mas ainda representam um volume 38% menor que o do 4T19,  no período pré-pandemia.

As reservas do Brasil cresceram 47% no ano e as da Argentina, 141%.

Como resultado, a receita líquida consolidada da CVC subiu 93% na comparação anual, sendo que a receita líquida no Brasil foi de R$ 262 milhões, alta de 85% sobre o resultado do 4T20, com a receita do B2C crescendo 93% juntamente com um take-rate de 12,2%, e a receita B2B subindo 68%, com o take rate avançando para 6,3%.

A expectativa do BTG é que os níveis B2C da CVC voltem ao nível de 2019 ainda este ano, mas as reservas B2B devem se recuperar apenas em 2023.

O BTG destaca que as despesas operacionais recorrentes totalizaram R$ 296 milhões no 4T21, um aumento de 9,6%, causado especialmente pelos maiores investimentos em TI e pela inflação da mão de obra.

Esse valor, porém, não inclui os R$ 53 milhões de despesas não recorrentes relacionadas principalmente ao ataque cibernético no trimestre.

Assim, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 146 milhões.

Para o banco, a CVC é uma das principais beneficiadas pela reabertura econômica e deve conseguir alavancar seus relacionamentos de longo prazo com a fragmentada indústria hoteleira e de companhias aéreas no segmento B2B.

Ainda assim, o BTG não descarta uma possível volatilidade no futuro próximo, enquanto o mercado de turismo ainda se recupera da pandemia. 

O BTG mantém a recomendação de compra das ações da CVC, com preço-alvo de R$ 33.

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