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Energisa (ENGI11) ou Equatorial (EQTL3)? Veja o que preferem os analistas do Bradesco BBI

Veja as considerações para os papéis que são mais atrativos à medida que nos aproximamos das eleições presidenciais

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Em relatório publicado nesta quinta-feira (22), analistas de Ágora Investimentos e Bradesco BBI reiteraram a recomendação de compra para Energisa (ENGI11), com preço-alvo de R$ 58,00.

À medida que nos aproximamos das eleições presidenciais, destacam a Energisa como a ação preferencial por sua sólida governança corporativa e uma avaliação atrativa – a Energisa negocia com uma TIR real de aproximadamente 10% vs. 9%, para Equatorial (EQTL3). 

Em primeiro lugar, analistas dizem preferir distribuidoras versus geradoras, devido ao risco de preços mais baixos de eletricidade de curto prazo
devido ao excesso de oferta de geração, que pode se materializar durante a próxima estação chuvosa a partir de outubro-novembro.

O EBITDA da Energisa tem sido 89% impulsionado pela distribuição e, portanto, isso não seria um problema, destacam.

Em segundo lugar, com o aumento dos riscos regulatórios para as distribuidoras devido a uma possível mudança nas diretrizes, estão menos preocupados com:

(i) uma proposta de regras para estender as concessões das distribuidoras em seu vencimento (a maioria das empresas vai ver seus ativos expirarem nos próximos 5 -6 anos) deve ser anunciado até novembro, e provavelmente incluir uma mudança no índice de inflação para IPCA de IGP-M (na prorrogação; não retroativo), metas de qualidade de serviço mais rígidas, mas sem cobrança de taxa ou título de prorrogação de concessão – improvável que um novo governo mude radicalmente a proposta;

(ii) de acordo com a compressão dos retornos das distribuidoras (por exemplo, permissões mais baixas WACC/opex – custo de capital e despesas), torna-se improvável que este seja um caminho perseguido além das regras atuais.

Ao contrário dos ativos de geração/transmissão, entre os quais mesmo os piores têm algum valor patrimonial, as distribuidoras podem ser uma grande dor de cabeça e, portanto, os reguladores provavelmente estarão menos propensos a riscos de problemas de qualidade de fornecimento.

Eles projetam uma relação EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado-caixa para 2022 de R$ 6,0 bilhões e, para 2023, de R$ 6,3 bilhões (cinco distribuidoras da Energisa passarão por revisões tarifárias no próximo ano).

Em relação à alavancagem, a relação dívida líquida-EBITDA está atualmente em 2,8x, e sobe para 3,0x ao final de 2022 e 3,4x em 2023, bem abaixo dos covenants (métricas de endividamento) de 4,3x.

Gostamos da Energisa por sua alta qualidade/padrões de governança corporativa e avaliação
atraente… no preço atual, a ENGI11 está sendo negociada a uma TIR real de aproximadamente 10% vs.
Equatorial em 9%. A Energisa é nossa ação preferencial para entrar no ciclo eleitoral.
 Em termos de perspectivas de crescimento, a Energisa pode ter menos apelo (vs. Equatorial), mas
estamos confortáveis com a recomendação de Compra devido às incertezas sobre o crescimento do
PIB e o momento para cortes nas taxas de juros.
 Observamos também que entre as concessionárias temos uma clara preferência por distribuidoras
versus geradoras, devido a preocupações com excesso de oferta de geração (potencialmente gerando
preços mais baixos de eletricidade) … com cerca de 89% do EBITDA da Energisa vindo da distribuição,
esse risco não é uma preocupação particular.
 Também estamos confiantes de que os riscos regulatórios para as distribuidoras no caso de uma
mudança de governo não serão necessariamente exacerbados… o foco poderia ser provavelmente a
expansão das energias renováveis e o momento para a abertura de mercado não regulamentado.
 Nosso novo preço-alvo para 2023 para ENGI11 é de R$ 58,00.
 

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