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Gol (GOLL4) despenca 10%: alta do querosene ofusca aumento da produtividade da companhia, diz Eleven

A empresa aérea estima um prejuízo por ação (LPA) de aproximadamente de R$ 1,80 referente aos resultados do segundo trimestre

- Kevin Woblick via Unsplash
- Kevin Woblick via Unsplash

Por Leandro Manzoni, da Investing.com – A Gol Linhas Aéreas (GOLL4) divulgou uma prévia para seus resultados do segundo trimestre desse ano nesta segunda-feira.

A companhia aérea estima um prejuízo por ação (LPA) de aproximadamente de R$ 1,801, enquanto o prejuízo com a as ADRs (NYSE:GOL) negociadas em Nova York seja de US$ 0,751 por papel.

A projeção exclui efeitos de variação cambial. 

A estimativa está em linha com a expectativa dos analistas Alexandre Kogake e Pedro Pimenta da Eleven Financial, que preveem um prejuízo de R$ 1,78 por ação no período.

"O principal ponto que vem pesando no mercado refere-se ao preço do QAV", avaliam os analistas, cuja estimativa de preço médio do querosene de aviação (QAV) está abaixo do projetado pela Gol (R$ 6,01 vs. R$ 6,10).

"Excluindo o efeito dos combustíveis a companhia deve apresentar uma redução importante na ordem de 40% no custo por assento mostrando um aumento de produtividade", prosseguiram os analistas ao apontar à gradual entrada de novas aeronaves e ganhos da Gol com a apreciação do real. 

"Em nossa visão, o resultado negativo já vem sendo precificado com os movimentos de alta do QAV e câmbio nas últimas semanas".

A recomendação dos analistas é de "Compra" para os papéis, com preço-alvo em R$ 18,00, potencial de valorização de 137,47% em relação à cotação de hoje.

No entanto, o mercado acabou penalizando as ações da Gol na B3 (B3SA3), com uma queda forte de 10,61% a R$ 7,58, maior que a baixa de 2,34% do Ibovespa hoje às 16:07.

Já as perdas das ADRs são mais aprofundadas, de 12,30% a US$ 2,78, na Bolsa de Nova York.

O sentimento de aversão ao risco somou à divulgação da prévia, com o dólar sendo negociado em alta de 2,25% a R$ 5,3719 no Brasil e renovando a máxima de 20 anos no exterior em relação a uma cesta de seis moedas de economias desenvolvidas.

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