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GPA (PCAR3) traz resultados estruturalmente frágeis no 4º tri, dizem analistas

Aceleração da inflação e impacto de ações promocionais pesam sobre os números

No quarto trimestre de 2022, o GPA (PCAR3) registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 1,102 bilhão, uma reversão ao lucro de R$ 777 milhões apurado um ano antes.

Em relatório, a Genial Investimentos destacou que, em uma visão sequencial (trimestre a trimestre), o operacional da varejista mostra uma leve recuperação, com uma margem EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada de 7,1% no período. 

Impulsionaram os resultados fracos na comparação a ano, de acordo com a corretora:

  • – i) aceleração da inflação, que pressionou o custo das mercadorias, o custo de mão de obra e o custo logístico de transporte da companhia;
  • – ii) impacto de ações promocionais realizadas na tentativa de competir com preços dos concorrentes.

Para os analistas Iago Souza, Nina Mirazon e Vinícius Esteves, o curto prazo ainda parece desafiador para o grupo.

Na avaliação deles, nem mesmo a forte sazonalidade dos meses entre outubro e dezembro salvou o caixa operacional, o qual consumiu R$ 216 milhões no intervalo. Como resultado, a alavancagem financeira subiu de 1,8x para 2,4x (pós-IFRS 16).

O spin-off do Éxito promete aliviar essa alavancagem financeira para o grupo, contudo, a Genial Investimentos projeta ver uma melhora mais significativa do operacional do GPA Brasil, caso contrário analistas dizem que ligarão uma luz vermelha para a qualidade dos resultados da companhia a partir daqui.

Souza, Mirazon e Esteves classificaram o conjunto de resultados como estruturalmente frágil e reiteraram a recomendação para manter as ações, com preço-alvo em revisão.

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