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IBOVESPA HOJE - Boletim Focus; flexibilização da meta fiscal; juros dos EUA; PIB da China

Confira os fatores que influenciam o principal índice acionário da Bolsa nesta terça-feira (16)

B3 - Paulo Whitaker, para a agência Reuters
B3 - Paulo Whitaker, para a agência Reuters

Nesta terça-feira (16), o mercado financeiro local monitora o Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central (BC)Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) e o monitor do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), sobre fevereiro.

 

  • O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a queda para 0,33% em abril, contra uma baixa de 0,17% no mês anterior. Com isso, o indicador passou a acumular, em doze meses, uma baixa de 3,81%.

 

O Ibovespa (IBOV), principal índice acionário da B3, a Bolsa brasileira, encerrou esta terça-feira (16) em queda de 0,75%, aos 124.388,62 pontos.

 

ATUALIZAÇÕES:

  • – 16:04: Ibovespa: -0,51%, aos 124.699 pontos. 
  • – 15:09: Ibovespa: -0,66%, aos 124.511 pontos. 
  • – 10:12: Ibovespa: -0,88%, aos 124.233,32 pontos.

 

Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (16):

 

Lei de Diretrizes Orçamentárias

i. A questão fiscal volta a assumir protagonismo e o topo das preocupações nesta semana após o Ministério da Fazenda revisar as metas fiscais dos próximos anos no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025.

A reação dos mercados foi pior do que o esperado e ficou a sensação de que cortes de despesas estão fora do script, que o governo federal não estaria disposto a sacrifícios, que o ajuste das contas públicas vai demorar mais e que o arcabouço fiscal provou sua fragilidade.

As coisas já estavam malparadas desde a antecipação dos gastos em R$ 15,70 bilhões na semana passada.

Agora, o arcabouço fiscal entrou no alvo das críticas dos economistas de modo quase definitivo. O pessimismo aumentou.

 

ii. A revisão da meta de 2025, de superávit de 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero, confirmada horas antes por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em entrevista à GloboNews, era apenas uma parte da história.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) flexibilizou também as metas de 2026 e fixou metas modestas para os anos seguintes de 2027 e 2028.

A pasta, que esperava atingir superávit de 1,0% do PIB em 2026, aguarda agora esse resultado apenas para 2028.

Para 2026, a meta de superávit foi reduzida para 0,25% e, para 2027, definida em 0,50%. Em todos os casos com uma banda de 0,25 ponto percentual.

 

iii. A projeção para a dívida bruta sai de 76,60% do PIB neste ano para atingir o pico de 79,70% em 2027. Apenas depois disso ela se estabilizaria para começar a cair a partir de 2028.

Na apresentação do arcabouço fiscal, em 2023, o Ministério da Fazenda estimava dívida a 75,00% do PIB em 2026.

Os números foram interpretados como um sinal verde para a política expansionista do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

iv. Existe uma preocupação especial com os gastos obrigatórios, das despesas previdenciárias e assistenciais, atreladas ao salário-mínimo, projetado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a R$ 1.502,00 em 2025 (+6,370%), R$ 1.582,00 em 2026, R$ 1.676,00 em 2027 e R$ 1.772,00 em 2028.

 

v. Ao mesmo tempo, a revisão de gastos proposta pelo Ministério do Planejamento foi considerada tímida e corresponde a menos do que 1% da despesa dos programas que passarão por reavaliação, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a saber, aposentadorias e pensões do INSS e benefícios do PROAGRO.

O mercado financeiro nunca acreditou nas metas projetadas por Fernando Haddad, mas o fato de ter o ministro na luta por elas era uma espécie de seguro, e o receio agora seria de que isso se possa ter se perdido.

As revisões terão impacto na credibilidade do arcabouço fiscal.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

No exterior…

EUA

A agenda econômica dos Estados Unidos da América (EUA) nesta terça-feira (16):

  • – 10:15 – produção industrial em março.

 

  • O escritório de estatísticas dos Estados Unidos publicou que a construção de moradias iniciadas em março caíram 14,70%, contra 12,70% de fevereiro.

 

Juros

A presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) de São Francisco, Mary Daly, vê progresso na inflação dos Estados Unidos, mas reitera que a alta de preços segue muito acima da meta, e que não há pressa para reduzir os juros, visto que a economia norte-americana segue aquecida e resiliente, com crescimento sólido e mercado de trabalho forte.

Ela destaca também que a autoridade monetária observa os desdobramentos recentes de dados econômicos e de conflitos geopolíticos, mas que, por ora, as tensões entre Israel e Irã parecem não respingar na inflação norte-americana.

 

Europa

Reino Unido – O escritório de estatísticas do Reino Unido, a ONS, divulgou que a taxa de desemprego do País subiu para 4,20% no trimestre até fevereiro, contra 3,90% nos três meses até janeiro.

 

Zona do Euro – A Eurostat, escritório de estatísticas da Zona do Euro, divulgou que o Índice de Balança Comercial subiu no mês de fevereiro para 23,6 bilhões de euros.

O indicador conseguiu uma alta de mais de 11,0 bilhões, quando, no mês anterior, atingiu 11,6 bilhões.

 

Ásia

China – A economia da China cresceu mais do que se esperava no primeiro trimestre. Segundo o Escritório Nacional de Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) saltou 5,30% em relação aos primeiros três meses de 2023.

Economistas ouvidos pela Caixin e pela consultoria chinesa Wind esperavam um crescimento anualizado de 4,90%, enquanto analistas ouvidos pela agência Reuters apontavam 4,60%.

No trimestre anterior, no fechamento de 2023, a expansão anualizada havia sido de 5,20%.

 

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