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IBOVESPA HOJE - Reunião do COPOM, revisão de gastos pelo governo e Petrobras; com dados nos EUA

Confira os fatores que influenciam o principal índice acionário da Bolsa nesta terça-feira (18)

IBOVESPA HOJE - Reunião do COPOM, revisão de gastos pelo governo e Petrobras; com dados nos EUA

ATUALIZAÇÕES:

  • 14:17: Ibovespa: +0,54%, aos 119.782 pontos. 
  • 10:11: Ibovespa: +0,17%, aos 119.344,91 pontos.

 

O Ibovespa encerrou esta terça-feira (18) em alta de 0,41%, aos 119.630,44 pontos.

 

Nesta terça-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia a reunião que, na opinião majoritária de analistas e economistas do mercado, poderá encerrar o ciclo de queda da taxa básica de juros Selic em 10,5%. A decisão para a taxa será divulgada amanhã (19) e o mercado local opera com expectativa para esse evento.

Na agenda econômica daqui, será observado o Indicador de Comércio Exterior, referente a maio, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), às 8:00. No exterior, o foco será nas vendas do varejo (9:30) e produção industrial (10:15) dos Estados Unidos da America (EUA), bem como o Índice de preços ao consumidor da Zona do Euro.

 

Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (18):

Petrobras (PETR3)(PETR4)

Na última segunda-feira (17), a Petrobras fechou acordo com a Receita Federal para pagar R$ 19,8 bilhões em débitos tributários.

A decisão ocorre justamente quando o governo se esforça para arrumar renda extra para reduzir o déficit das contas públicas, em meio às dificuldades para aprovar medidas no Congresso, mas é um excelente negócio para a companhia.

O valor da transação considera desconto de 65% concedido à Petrobras, encerrando discussões administrativas e judiciais referentes ao período de 2008 a 2013, que somam R$ 44,7 bilhões. A adesão foi aprovada pelo Conselho por dez votos favoráveis.

O pagamento será da seguinte forma: R$ 6,66 bilhões com depósitos judiciais já realizados nos processos e R$ 1,29 bilhão com créditos de prejuízos fiscais de subsidiárias. Os R$ 11,85 bilhões serão divididos em uma entrada de R$ 3,57 bilhões e seis parcelas mensais.

O impacto após os efeitos tributários será de R$ 11,87 bilhões no lucro líquido do segundo trimestre, avalia a Petrobras.

Analistas do mercado ouvidos pelo jornalista Lauro Jardim, do O Globo, ponderam, no entanto, que os descontos oferecidos pelo Carf para quitar a dívida podem reduzir o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas no curto prazo.

A chance de impactos nos dividendos extraordinários no segundo trimestre desagrada os investidores, avalia Flávio Conde, da Levante Investimentos. Para ele, apesar de o pagamento da dívida ser algo esperado, o apressamento gera insatisfações.

Já para Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos, a má impressão pelo efeito nos dividendos pode se dissipar com a eliminação das disputas, que vêm se arrastando há bastante tempo. “A empresa se livra de obrigações futuras.”

Para Frederico Nobre, líder da área de análise de ações na Warren, o acordo “saiu barato” para a Petrobras. “A companhia vai ter uma saída de caixa relativamente baixa, com benefício de usar crédito de prejuízo fiscal.”

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

Revisão de gastos

Após a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), a equipe econômica avalia projetar uma agenda de revisão de gastos por “dois corredores”, um de curto prazo, com medidas de efeito imediato, e outro com ações mais estruturantes, de longo prazo.

A primeira ação não dependeria do Congresso. A segunda, sim, e incluiria uma ou mais propostas de emenda à constituição (PEC), que teriam como alvo a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), prevista para terminar no fim do ano.

Essa informação foi publicada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pelo Estado de S.Paulo.

O mecanismo da DRU foi criado em 1994, quando recebeu o nome de Fundo Social de Emergência (FSE). Desde então, vem sendo prorrogado como solução “tampão” ao engessamento do Orçamento público.

Por meio da DRU, o governo pode usar livremente 30% de todos os tributos federais vinculados a fundos ou despesas.

Uma das possibilidades seria uma autorização pela Constituição para remanejar 30% das despesas mínimas com saúde e educação para outras áreas. Os pisos seriam tecnicamente mantidos, mas com uma flexibilidade que hoje não existe.

Os gastos mínimos com saúde e educação vão deixar outras áreas do governo sem dinheiro em 2028 se não foram alterados.

Economistas ponderam, porém, que a mera prorrogação da DRU com a manutenção dos pisos – da forma como é hoje – não seria uma medida de redução de gastos, apenas um remendo para ajudar a desengessar o Orçamento federal.

O timing de apresentação dessa PEC ao Congresso dependerá de decisão de Lula, que resiste a medidas de maior impacto fiscal, como a desvinculação de benefícios assistenciais e previdenciários ao salário mínimo e a mudança nos pisos da saúde e educação.

Outro tema que dependeria do Congresso e poderá entrar nessa seara de ampla revisão de gastos é a previdência dos militares, cujas despesas totalizaram R$ 58,8 bilhões no ano passado, contra uma arrecadação de R$ 9,1 bilhões do regime de aposentadoria.

Já as medidas de curto prazo serviriam para dar uma resposta mais rápida aos agentes financeiros e tentar reduzir a instabilidade fiscal e incluiriam um contingenciamento mais expressivo de gastos no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para julho.

Além disso, o governo pretende aperfeiçoar os cadastros de benefícios assistenciais e previdenciários, cujos desembolsos têm crescido bem acima da média história. É o caso do BPC, do seguro-desemprego e do abono salarial, vinculados ao salário mínimo.

Ainda no Estado de S.Paulo, a equipe econômica defende a revisão de gastos com esses benefícios, argumentando que vão exigir um aumento de R$ 82,5 bilhões em despesas no Orçamento da União até 2028, em comparação com as estimativas de 2024.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

No exterior…

EUA

Na agenda econômica norte-americana desta terça-feira (18):

  • –     9:30: vendas no varejo, referente ao mês de maio;
  • –     10:15: produção industrial, de maio.

 

Europa

Zona do Euro – a taxa de inflação homóloga da Zona do Euro fixou-nos nos 2,6% em maio, confirmou esta terça-feira (18) o Eurostat, ao divulgar o índice de preços ao consumidor da região.

 

Ainda nesta semana…

Quarta-feira (19):

  • Brasil: segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel; bem como a Sondagem Industrial de junho; fluxo cambial semanal; e o anúncio da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC).

 

Quinta-feira (20):

  • EUA: pedidos de auxílio-desemprego (semanal) e Índice de Atividade Econômica, do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, na Filadélfia.

 

  • Alemanha: Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) de maio.
  • Reino Unido: decisão de política monetária pelo Banco da Inglaterra (BOE).
  • Zona do Euro: dados preliminares sobre a confiança do consumidor de junho.

 

Sexta-feira (21):

  • S&P Global: divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto para AlemanhaZona do Euro, Reino Unido e EUA.
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