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IBOVESPA HOJE - Tarifas dos EUA a Canadá e México, Boletim Focus e muito mais

A oficialização das tarifas de importação pelos Estados Unidos (EUA) no último sábado (1º) gerou uma forte reação nos mercados globais

Imagem descrevendo ações do Ibovespa
Ibovespa atinge novo recorde histórico, impulsionado por commodities e alta da Petrobras. | Reprodução

ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • – 10:12: Ibovespa: -0,16%, aos 125.929,71 pontos.

Resumo

A oficialização das tarifas de importação pelos Estados Unidos (EUA) no último sábado (1º) gerou uma forte reação nos mercados globais.

As taxas de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 10% para itens da China provocaram uma queda nos futuros das bolsas de Nova York (NY) e impulsionaram os preços do petróleo no pregão asiático.

O republicano Donald Trump endureceu a política comercial e ameaçou adotar tarifas semelhantes contra a União Europeia em breve.

A crise comercial ocorre em uma semana repleta de eventos econômicos relevantes.

Entre os destaques estão a reabertura dos mercados chineses após o feriado do Ano Novo Lunar na quarta-feira (5), a divulgação da folha de pagamentos de janeiro nos EUA na sexta-feira (7), o Payroll, e os balanços trimestrais de duas gigantes do setor de tecnologia Alphabet (GOGL34) e Amazon (AMZO34).

EUA

As tarifas contra o Canadá, o México e a China entram em vigor nesta terça-feira (4). O governo canadense, liderado por Justin Trudeau, revidou imediatamente no sábado, e impôs tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos.

Inicialmente, serão taxados US$ 30 bilhões em mercadorias, com outros US$ 125 bilhões em vigor dentro de vinte e um dias.

Em resposta, Trump alertou que, caso o Canadá mantenha sua retaliação, Washington pode adotar novas tarifas.

O presidente dos EUA conversaria nesta segunda-feira (3) com Trudeau para tentar resolver a questão.

A embaixadora do Canadá nos EUA, Kirsten Hillman, declarou à ABC News que seu governo ainda espera que as tarifas norte-americanas não entrem em vigor. Estamos prontos para continuar conversas com o governo Trump sobre isso, afirmou, e ressaltou que o Canadá não mantém interesse em uma escalada protecionista.

O governo do México reagiu e anunciou que tomaria medidas contra as tarifas nesta segunda-feira (3), enquanto a China confirmou que vai processar os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC).

A União Europeia passou a ficar na mira de Trump, que prometeu medidas substanciais em brevecontra o bloco. A Comissão Europeia afirmou que responderá “firmemente a tarifas injustas ou arbitrárias”.

Além disso, Trump indicou que pretende taxar chips e que tarifas sobre aço, alumínio, cobre, gás e petróleo devem ser aplicadas até o dia 18 deste mês.

O Goldman Sachs publicou um relatório para seus clientes no domingo (2), e avaliou que o panorama seria incertoe que as tarifas podem ser temporárias. Já uma reportagem da Reuters destaca que as medidas de Donald Trump podem gerar pressões inflacionárias e reduzir o crescimento econômico global.

Brasil

No Brasil, a incerteza complica os próximos passos do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC), que já contratou uma alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros Selic para março, mas ainda possui três meses para avaliar novas medidas até maio.

A autoridade optou por não se comprometer com novas diretrizes de política monetária e deixou em aberto a decisão para maio.

A instituição busca flexibilidade diante das incertezas internacionais e da conjuntura econômica doméstica, que inclui inflação desancorada, desaquecimento da economia e dúvidas fiscais.

Além disso, a ata da última reunião do colegiado vai ser divulgada na terça-feira (4), aguardada com expectativa pelos investidores.

Agenda

Investidores observam a produção industrial de dezembro na próxima quarta-feira (5).

Quanto à inflação, serão analisados os números do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) na próxima sexta-feira (7), IPC-Fipe na próxima terça-feira (4) e Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) nesta segunda-feira (3).

Números da balança comercial de janeiro estão programados para a próxima sexta-feira (7), enquanto as projeções mais atualizadas do semanal Boletim Focus, do Banco Central, serão informadas nesta segunda-feira (3).

Combustíveis

Antes da volta da cobrança do ICMS pelos Estados, a Petrobras (PETR3)(PETR4) confirmou um reajuste de 6,3% no preço do diesel. Economistas projetam impacto praticamente nulo sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano (+0,01 p.p.).

Empresas

A Petrobras (PETR3)(PETR4) divulga seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre na noite desta segunda-feira (3).

A temporada de balanços começa para os grandes bancos, com os resultados do Santander (SANB11) e do Itaú (ITUB4) na quarta-feira (5), seguidos pelo Bradesco (BBDC4) na sexta-feira (7).

Ibovespa e mercados globais na sessão anterior

O impacto da decisão comercial de Donald Trump levou as bolsas de Nova York a encerrarem a sessão de sexta-feira (31) em baixa.

O Dow Jones caiu 0,75% para 44.544,66 pontos, o S&P 500 recuou 0,50% para 6.040,52 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,28%, em 19.627,44 pontos.

Apesar da queda do dia, os índices registraram ganhos no mês, impulsionados por indicadores positivos da economia norte-americana.

No Brasil, o Ibovespa caiu 0,6% para 126.134,94 pontos, com volume negociado de R$ 21,6 bilhões, mas acumulou alta de 3,0% na semana e 4,86% em janeiro – o primeiro mês positivo desde agosto de 2024.

A Petrobras (PETR3)(PETR4) contrariou a tendência e registrou leve alta, impulsionada pelo reajuste de 6,30% no preço do diesel, após 400 dias sem aumento. O aumento reduziu a defasagem em relação ao mercado internacional.

Por outro lado, a Vale (VALE3) caiu 1,56%, em reflexo às tarifas contra a China.

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