ATUALIZAÇÕES DAS MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- – 10:05: Ibovespa: -0,18%, aos 121.878 pontos.
Na sessão anterior…
Na última sexta-feira, 20 de dezembro, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em alta de 0,75%, aos 122.102,15 pontos.
Brasil
Nesta segunda-feira (23), o mercado financeiro local acompanha a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central (BC), que fornece novas projeções para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar (câmbio) ao longo dos anos de 2024, 2025, 2026 e 2027.
Além disso, a autarquia informa uma nota do setor externo.
À tarde, a balança comercial semanal vai ser reportada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC).
Ajuste fiscal
O Senado Federal aprovou o último projeto do pacote fiscal de corte de gastos na sexta-feira (20). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu vetar um trecho que restringiria o Benefício de Prestação Continuada (BPC) a deficiências graves e moderadas.
Nos bastidores, acordos de liberação de emendas parlamentares foram decisivos.
Alagoas, reduto de Arthur Lira (Progressistas-AL), liderou os repasses, com quase R$ 74 milhões em emendas de comissão.
Embora o conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha arrefecido, o Congresso Nacional exige continuidade na liberação de emendas. Essa postura desafia até o ministro Flávio Dino, da Corte, e amplia tensões políticas.
De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo, líderes do Congresso Nacional têm uma PEC como trunfo. A proposta, de Altineu Côrtes (PL-RJ), tornaria todas as emendas impositivas.
Essa medida transferiria verbas das emendas de comissão para as individuais, restringiria a capacidade de negociação do Poder Executivo e criaria instabilidade para o governo.
Arthur Lira considera a PEC uma ação extrema e inviável para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para membros do bloco parlamentar Centrão, sua aprovação seria devastadora, o que inviabilizaria governabilidade.
Caso o STF intensifique o mal-estar sobre as emendas, líderes acreditam que a PEC pode avançar no plenário e desafiam o equilíbrio do governo.
Reforma ministerial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou possíveis mudanças no governo para o terceiro ano durante um almoço com ministros na última semana, mas não detalhou quais cargos serão alterados nem o prazo para a reforma.
Arthur Lira pressiona por mudanças no primeiro escalão e critica o espaço ocupado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que representa apenas 12,00% dos votos na Câmara dos Deputados, mas lidera ministérios estratégicos.
O PSD, apesar de controlar três ministérios, reivindica maior influência, especialmente em pastas de destaque, e reforça que a reforma pode facilitar a aprovação de projetos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Assim, as dificuldades do Poder Executivo em aprovar o pacote fiscal reforçam a necessidade de ajustes na articulação política, de acordo com aliados de Lira.
Já Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, descartou assumir um ministério no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de especulações recentes sobre seu nome.
Na Comunicação, cresce a expectativa pela saída de Paulo Pimenta, com Sidônio Palmeira, publicitário próximo ao presidente da República, apontado como possível substituto.
EUA
Nesta segunda-feira (23), o mercado norte-americano observa o índice de atividade nacional em novembro, divulgado pelo Federal Reserve (FED).
Além disso, investidores digerirão números da confiança do consumidor em dezembro.
Europa
Zona do Euro – Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que a inflação na zona do euro está próxima da meta de 2%, mas alertou para a necessidade de cautela.
Embora a maioria dos indicadores inflacionários mostre avanços, Lagarde destacou a persistência da inflação de serviços, que permanece elevada em 3,90%, com sinais de queda gradual.