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IBOVESPA HOJE - Posse de Trump em Washington, Boletim Focus e muito mais

Principal índice acionário da Bolsa cai 0,25%, mas se mantém acima de 122.000 pontos

Imagem descrevendo ações do Ibovespa
Ibovespa atinge novo recorde histórico, impulsionado por commodities e alta da Petrobras. | Reprodução

ATUALIZAÇÕES DAS MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • – 10:05: Ibovespa: -0,25%, aos 122.045,59 pontos.

Na sessão anterior

O Ibovespa (IBOV) registrou o melhor desempenho desde agosto de 2024 na sexta-feira passada (17).

Resumo

A China manteve os juros básicos nesta segunda-feira, 15 de janeiro, com as taxas de empréstimos de um ano e cinco anos inalteradas, respectivamente em 3,10% e 3,60%.

Esse movimento ocorre em um contexto de liquidez reduzida, com os mercados de Nova York (NY) inoperantes em razão do feriado de Martin Luther King nos EUA.

Além disso, o Banco Central (BC) do Brasil realiza dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, ao total de US$ 2 bilhões.

Em relação à política monetária global, o Banco do Japão (BoJ) esteve em foco, com um aumento nas taxas para 0,50%, enquanto as atenções estão voltadas para os primeiros movimentos da administração Donald Trump.

EUA

Donald Trump

O que esperar da economia dos EUA com a gestão Donald Trump?

Com a posse de Trump agendada para esta segunda-feira (20), os investidores globais aguardam uma série de decretos de forte impacto, com destaque para o aumento de tarifas de importação e uma política fiscal expansionista.

Trump já anunciou, em discurso no domingo, que vai ter diversas ordens executivas para implementar suas promessas de campanha, como cortar impostos, acabar com a inflação, reduzir os preços e aumentar a produção nacional.

O republicano anunciou planos para desregulamentar setores como o das companhias aéreas e o de energia, além de adotar políticas mais rígidas para o setor financeiro.

De acordo com fontes próximas à administração, até 100 decretos podem ser assinados nas primeiras semanas de governo, com uma grande operação de deportações em Chicago marcada para a terça-feira (21).

Uma das principais promessas de Trump diz respeito à imposição de tarifas massivas sobre a China.

Durante a campanha, o republicano chegou a mencionar taxas de até 60% sobre produtos chineses.

No entanto, observadores esperam que a política seja menos agressiva do que o esperado, após uma conversa amigável com o presidente chinês Xi Jinping.

Apesar de ter elogiado Xi como um líder poderoso e brilhante, Trump ainda sinalizou sua intenção de implementar tarifas que afetarão as relações comerciais entre os dois países.

O futuro secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, minimizou o impacto das tarifas, e afirmou que a China continuaria a exportar com custos reduzidos mesmo com tarifas de 10%.

No entanto, analistas do Deutsche Bank projetam tarifas de até 20% sobre os produtos chineses, com impactos significativos sobre a Europa e outras economias globais.

A União Europeia se prepara para enfrentar o impacto das tarifas de Trump, que podem afetar o comércio com a China e a Europa.

As tarifas sobre produtos chineses poderiam redirecionar os fluxos comerciais para a Europa, e criariam uma pressão adicional sobre os fabricantes europeus.

Para minimizar esses riscos, a União Europeia planeja negociar com os EUA propostas que incluem compras de gás natural e uma maior colaboração no setor de defesa.

Presidente eleito socorre o TikTok nos EUA

Em seu primeiro ato, Trump anunciou que vai dar mais tempo ao TikTok, aplicativo chinês, para encontrar um comprador, e deixou claro seu apoio à plataforma.

A decisão ocorre após conversas com o presidente Xi Jinping, e, embora tenha criticado a empresa durante sua campanha, Trump parece ter mudado de posição e indicou que aprecia a rede social.

O que esperar da cerimônia de posse?

A posse de Donald Trump ocorre às 13:30 (horário de Brasília), com a cerimônia marcada para o Capitólio.

Espera-se que ele tome juramento junto com o vice-presidente eleito J.D. Vance.

Trump também vai participar de uma série de eventos, como um desfile presidencial e três bailes da posse, com apresentações musicais e a presença de líderes estrangeiros, como o presidente argentino Javier Milei e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

Às vésperas da posse, Trump lança a criptomoeda $TRUMP

Em uma jogada de marketing financeiro, o presidente eleito Donald Trump lançou sua própria criptomoeda, a $TRUMP, três dias antes da posse.

A moeda alcançou uma valorização de mais de 1.200%, com a venda de 200 milhões de tokens, o que gerou uma grande movimentação no mercado.

No entanto, alguns críticos chamaram a medida de predatória, e apontam que a criação de uma criptomoeda associada a um presidente eleito pode levantar questões sobre a ética e o potencial conflito de interesse.

O papel de Trump no cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza

Em uma tentativa de consolidar sua imagem internacional,

Trump fez declarações sobre a liberação dos reféns no acordo de paz entre Israel e o Hamas.

Ele afirmou que o cessar-fogo em Gaza foi um “resultado da nossa vitória” e se comprometeu a acabar com a guerra na Ucrânia e o caos no Oriente Médio.

Seus conselheiros reforçaram a ideia de que sua eleição teve papel fundamental nas negociações de paz.

O mercado reage

Nos Estados Unidos, os ganhos em Wall Street, impulsionados pelo cessar-fogo entre Israel e o Hamas, ajudaram a manter o otimismo. O S&P 500 subiu 1%, enquanto o Nasdaq 100 e o Dow Jones também fecharam em alta.

Europa

Fórum Econômico Mundial, em Davos

Donald Trump participa virtualmente do Fórum Econômico Mundial em Davos na quinta-feira (18), evento que reúne mais de 60 chefes de Estado e governo nos Alpes Suíços.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), foi programada para discursar no evento em duas ocasiões, na quarta-feira (17) e na sexta-feira (19).

Esses discursos ocorrem às vésperas da decisão do BCE sobre a taxa de juros, marcada para o próximo dia 30, com expectativas de continuidade no ciclo de flexibilização e um possível quinto corte nas taxas.

Turquia

O Banco Central (BC) da Turquia também realiza sua reunião de política monetária nesta quinta-feira.

Alemanha

Entre os indicadores europeus, o destaque foi para o Índice de Preços ao Produtor (PPI) de dezembro na Alemanha, divulgado nesta segunda-feira, 20 de janeiro.

O indicador subiu 0,8% em dezembro de 2024 contra igual mês do ano anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Destatis, o escritório de estatísticas do País.

Ásia

China

Os dados da China surpreenderam positivamente, com o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre, a produção industrial e as vendas no varejo em dezembro acima das expectativas.

Commodities

Petróleo

Os preços do petróleo recuaram após a declaração de paz em Gaza. O contrato do WTI para março caiu 0,6%, enquanto o Brent recuou 0,6%, e encerrou o dia a US$ 80,78 por barril.

Brasil

No Brasil, os economistas acompanham os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de janeiro, previstos para sexta-feira (19), além das prévias do IPC-Fipe e IPC-S, programadas para esta semana.

Banco Central e o Boletim Focus

No Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (20), o Banco Central (BC) projeta números para inflação (IPCA), juros (Selic), dólar (câmbio) e crescimento (PIB).

Na reunião realizada na sexta-feira passada (17) com diretores do Banco Central, economistas reforçaram preocupações com o cenário fiscal e indicaram a necessidade de elevar a taxa básica de juros Selic para até 15%.

Especialistas estimam que o IPCA deste ano varie entre 5% e 5,5%, e que ultrapasse novamente o teto da meta.

Haddad e Lula continuam no radar dos investidores

Apesar disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou em entrevista à CNN Brasil que confia na política monetária para conter a inflação, mas expressou preocupação com a trajetória da dívida pública.

Não compraria dólar acima de R$ 5,70, caro para os fundamentos brasileiros”, declarou Haddad, embora tenha admitido não saber onde a moeda pode chegar.

No cenário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministros para cobrar resultados em meio à ressaca da crise do PIX.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o petista espera mais duas semanas para definir a reforma ministerial, que deve ser planejada após as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Setor privado opina sobre a economia

Marcelo Noronha, presidente do Bradesco (BBDC3)(BBDC4), afirmou, enquanto se dirigia a Davos, que seria necessário um maior controle de despesas pelo governo para garantir equilíbrio fiscal.

Segundo o executivo, “o Banco Central não pode agir sozinho na luta pela reancoração das expectativas”. Em entrevista ao jorna O Estado de S.Paulo, Noronha também previu que o crédito deve sofrer retração este ano, influenciado pela elevação da taxa básica de juros Selic.

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