Balanços

Itaú (ITUB4) alcança lucro histórico de R$ 10,6 bi no 3° tri e XP recomenda comprar ação

Casa vê no desempenho sólido um motivo para projetar novas altas nos próximos trimestres

Itaú
-

O Itaú Unibanco (ITUB4) fechou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro líquido gerencial recorde de R$ 10,675 bilhões, o que superou as previsões do mercado e marca um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2023.

O presidente do banco, Milton Maluhy, atribuiu o avanço à estratégia voltada para a “Era da Experiência” no setor bancário, com investimentos focados na expansão do volume de crédito e na diversificação das operações no atacado.

Segundo o CEO, isso impulsionou a carteira de crédito do Itaú, que subiu 9,9% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 1,278 trilhão.

Em resposta à forte demanda de crédito, especialmente entre grandes empresas e pequenas e médias empresas (PMEs), o Itaú revisou para cima sua previsão de crescimento da carteira de crédito em 2024, de uma faixa anterior entre 6,5% e 9,5% para entre 9,5% e 12,5%.

Além disso, o resultado trimestral foi impulsionado pela melhoria no índice de inadimplência, que caiu para 2,6%, e pela redução das provisões, que totalizaram R$ 8,2 bilhões, 8% abaixo do nível de criação de novos créditos inadimplentes (NPL).

Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Itaú atingiu 22,7%, enquanto o banco mantém um índice de Basileia de 17,2%, acima do mínimo exigido pelo Banco Central, o que abre caminho para uma distribuição maior de dividendos aos acionistas.

O segmento de seguros e as atividades de cartões e gestão de ativos também contribuíram para o desempenho positivo, elevando as tarifas e comissões em 5,3% em relação ao ano anterior.

Com o capital excedente, o banco projeta aumentar o pagamento de dividendos, com um payout superior ao mínimo exigido pela legislação brasileira.

Na visão da XP Investimentos, essa robusta posição de capital e o fortalecimento da carteira de crédito posicionam o Itaú para continuar crescendo, mesmo com os desafios macroeconômicos.

Por isso, a casa reafirma sua recomendação de compra para as ações do banco com um preço-alvo de R$ 42,00. A XP vê no desempenho sólido um motivo para projetar novas altas nos próximos trimestres.

Sair da versão mobile