O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (5) que não pretende privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig (CMIG4), caso o governo estadual decida transferi-la à União como forma de reduzir sua dívida.
Durante entrevista a emissoras de rádio mineiras, Lula reforçou que qualquer decisão sobre a venda da empresa deve partir da administração estadual.
Governo federal não assumirá privatização da Cemig
Lula rejeitou a hipótese da possibilidade do governo federal assumir a estatal para depois vendê-la. Além disso, o presidente destacou que a responsabilidade é do próprio estado.
“Se a Cemig é importante para o povo mineiro, você acha que vou assumir a responsabilidade de assumir a empresa para privatizá-la? Se é para privatizá-la, que Minas Gerais a venda e pague o governo. Mas eu não vou fazer isso”, declarou.
Apesar de descartar a privatização da Cemig, Lula afirmou que pode avaliar outras empresas. “Queremos analisar cada empresa, caso a caso”, acrescentou.
Plano de Zema envolve federalização para reduzir dívida
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), propôs a federalização de empresas estatais mineiras como parte das negociações para reestruturar a dívida do estado com a União.
No ano passado, Zema encaminhou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto de lei que viabiliza a venda da Cemig. O plano é transformar a Cemig em uma corporação, mas Minas Gerais manteria os 17,04% de ações totais.
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De acordo com o Secretário de Estado do Governo de Minas, Gustavo Valadares, a privatização da Cemig é a prioridade do Executivo em 2025.
“Eu diria que a questão da privatização das empresas, que está diretamente ligada à questão também da adesão do Propag, é a pauta principal do Executivo para com a Assembleia ao longo deste primeiro semestre”, afirmou Valadares.