Análise

Méliuz (CASH3): saída de Israel Salmen derruba ações na B3 - confira análise do BTG sobre movimentação

Banco manteve recomendação de compra para as ações da companhia, ao destacar que Gabriel Loures, sucessor na presidência, possui um histórico sólido

Mélius CASH3
Reprodução

A Méliuz (CASH3) apresentou um sólido desempenho no terceiro trimestre de 2024, conforme analise do BTG Pactual, no entanto, o destaque mesmo ficou por conta do anúncio da saída de Israel Salmen, cofundador e CEO da empresa, após mais de dez anos à frente da operação.

Por causa disso, as ações da companhia operam em queda nesta sexta-feira (8). Por volta das 10:40, os papéis CASH3 caiam 2,54% a R$ 3,45.

Isso porque, embora tenha sido nomeado presidente institucional do grupo CASH3, sua saída do cargo de liderança é vista como um impacto negativo para o mercado, que valoriza a experiência e o envolvimento profundo de Salmen com o modelo de negócios.

O BTG Pactual, que mantém uma recomendação de compra para as ações da Méliuz, destacou que Gabriel Loures, sucessor de Salmen, possui um histórico sólido nas áreas de crescimento e novas operações, mas ainda há incerteza sobre sua adaptação no comando geral da companhia.

A análise do BTG indica que o mercado pode reagir de forma hesitante à mudança.

Desempenho financeiro no terceiro trimestre

No lado financeiro, a Méliuz reportou um EBITDA (lucro antes juros) ajustado de R$ 12 milhões no trimestre, alinhado com as expectativas e sustentado por um crescimento de 10% nas receitas líquidas, atingindo R$ 90 milhões.

Houve ainda um aumento significativo de 31% no número de novos compradores, reforçando a perspectiva de crescimento sustentável.

No entanto, a taxa de comissões líquidas diminuiu em relação ao trimestre anterior, refletindo desafios de um mercado competitivo.

Com ações negociadas a um P/E de 5,7x para 2025 e uma expectativa de valorização de 55%, o BTG continua otimista sobre o potencial de crescimento da Méliuz no longo prazo.

A saída de Salmen, no entanto, é um lembrete de que mudanças de liderança podem trazer volatilidade, especialmente em empresas de tecnologia que dependem fortemente de estratégias bem integradas e liderança visionária.

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