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MRV (MRVE3): sinal amarelo entre investidores para covenants de dívida, dizem analistas

Conjunto de resultados do quarto trimestre foi pior que o esperado, com destaque para despesas muito altas, assinou o BTG Pactual

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No quarto trimestre de 2022, a MRV (MRVE3) registrou um prejuízo líquido de R$ 333,4 milhões, uma reversão aos ganhos apurados um ano antes (R$ 300,1 milhões).

Para o BTG Pactual (BPAC11), os números foram piores do que o esperado, com margem bruta estável, mas despesas muito altas. O consumo de caixa da companhia foi na ordem de R$ 540 milhões e a relação entre a dívida líquida com o preço e lucro foi de 69,0% no período.

Ao olhar para os covenants de dívida da MRV, medidos como dívida corporativa somada às contas a pagar por aquisição de terrenos e patrimônio líquido, a
empresa atingiu 63,0% – muito próximo do limite de 65%.

O BTG Pactual não crê que a MRV viole os covenants, mas destaca que investidores têm se preocupado com o endividamento e têm evitado as ações.

Analistas afirmam que vai levar algum tempo para haver recuperação de margem, já que o setor de construção civil tem a característica de ser um negócio de ciclo muito longo.

No entanto, o valuation da empresa já considera alguma destruição de patrimônio, já que as ações são negociadas a 0,55x P/VP.

O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para MRVE3, com preço-alvo de R$ 15,00.

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